
Os Sex Pistols não foram exactamente como tantas outras bandas que adquiriram vontade de montar uma banda mas sim uma questão de marketing por culpa de Malcolm McLarem, um pequeno empresário burguês londrino que no início da década de 70 que possuía uma loja de roupas e acessórios de couro chamada Sex. Para montar os Sex Pistols, chamou os clientes habituais da sua loja, Glenn Matlock (baixista), Steve Jones (guitarrista), Paul Cook (baterista). Nenhum deles eram músicos profissionais ou mesmo músico inspirado (apenas Cook e Jones já tinham participado numa banda chamada The Strand), mas tocavam mais do que suficiente para levar adiante o projecto de Malcolm. Para vocalista da banda foi escolhido John Lydon (que entraria para a história como Johnny Rotten, algo semelhante a Joãozinho Podre, em virtude dos seus dentes estragados). Conta a lenda que Lydon foi imediatamente integrado na banda ao entrar na loja de Malcom usando uma camisa com a seguinte frase:"I Hate Pink Floyd" e dispôs-se a fazer um teste acompanhando por uma jukebox. Ao principio não tinham atraído a atenção do publico mas pouco a pouco conquistaram fãs fiéis e influenciaram algumas bandas de renome do punk inglês como os The Clash ou Siouxie and The Banshees. Muitos pensam que o Punk foi inventado pelos Sex Pistols mas muito pelo contrário. O punk já existia desde a metade da década 60 com os The Who (carreira inicial), The Troogs ou The Stooges. O primeiro single a ser lançado foi o polémico e clássico ‘Anarchy In The UK’ com os famosos versos «...I Am na Antichrist, I Am na Anarchist...» e foi um sucesso imediato nos finais do ano de 1976. Pela primeira vez havia uma banda que tinha coragem de confrontar o governo inglês em publico e a banda rapidamente tornou-se símbolo da insatisfação social e da anti- opressão. Em 1977, já com Sid Vicious no baixo (substituiu Matlock, a razão deste sair foi por certa discordância a nível político) e assinaram com a editora A&M e a Rainha de Inglaterra recebeu como presente por 25 anos de coroação o famoso ‘God Save The Queen’ que chegou a nº 1 nos tops britânicos. A banda foi posta na rua novamente pela A&M e depois assinaram contracto com a Virgin Records. A razão desse acto por parte da editora foi não aguentar a responsabilidade de aguentar uma banda tão perigosa como aquela. E assim gravaram e lançaram o único álbum o Never Mind The Bollocks Here’s The Sex Pistols. O empresário pressentiu e acertou que a banda ia dar mais lucro do que propriamente brincadeira. Recuso-me descrever faixa por faixa porque falar do álbum totalmente conspícuo pela sociedade punk (ainda nos dias de hoje) é o sinónimo de punk básico e a famosa frase ‘’do it yourself’’ com letras provocadoras, emblema da depressão social e do pensamento cismático. A produção em si encontra-se caótica mas é arrastada por uma identidade única e na minha cabal opinião posso dizer que para quem se associa mais ao punk é um álbum que vale a pena ouvir, ranger e enlouquecer. Influenciou em território americano os Green Day e Offspring que queriam reviver uma época já morta. Steve Jones, na guitarra, toca ao máximo estando nas tintas para com o resto, Rotten (que depois deixaria a banda para dedicar-se ao projecto mais sério e complexo, os Public Image Limited que não tinham nada de punk) despeja toda a sua saliva com ‘’Fuck this and fuck that’’ e o resto dispõe-se a seguir o rumo como uma banda de rock in roll deveria ser. Depois deste álbum clássico a formula encontra-se desgastada e os Sex Pistols seriam animais extintos, prisioneiros da ambição de um empresário que á custa deles enriqueceu. Chocante, provocante, sufocante, o Never Mind The Bollocks Here’s The Sex Pistols foi um espirito inquieto que enterrou no momento certo e no lugar certo e abriu novos horizontes á sociedade fomentada por algo novo e talvez quem sabe, algo bisonho e básico. Essencial para fãs coleccionadores da história do rock in roll.
1. Holidays in the Sun 2. Bodies 3. No Feelings 4. Liar 5. Problems 6. God Save the Queen 7. Seventeen 8. Anarchy in the U.K. 9. Submission 10. Pretty Vacant 11. New York 12. E.M.I. tempo total: 38min
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