
Uma banda como os Bad Company não podiam resultar melhor que isto! Definindos como super banda e com razão: Paul Rodgers (apesar da proposta irresistivel de substituir Ian Gillian dos Deep Purple decide avançar com o seu novo projecto) caracterizado pela sua voz de blues apaixonantes, pelo Simon Kirke ambos dos Free, por Mick Rhapls (insatisfeito com a liderança de David Bowie nos Mott The Hopple sai de imediato e entra a convite para os Bad Co.), e por Boz Burrell dos King Crimson. Empresariados pelo lendário Peter Grant (também empresário dos Led Zeppelin) assinam contrato para a inexperiente gravadora Swan Song e logo no inicio lançam Bad Company e o sucesso é imediato ocupando o primeiro lugar nos EUA e ocupando a terceira posição no Reino Unido. As suas letras entram nas linhas básicas em que descreve o amor não conseguido e a necessidade de «refrescar as ideias» vadiando. Em termos líricos e visuais os Bom Jovi bem podiam ser os Bad Co nos anos 80 já que prefiguram com similaridade. O disco apresenta-se de blues e rock in roll quase clássico e quase pré-moderno ou seja: eles encontraram uma sonoridade única que iria definir a banda nos próximos discos. Baladas roqueiras de sucesso iriam ser a marca registada da banda. Comecemos por Can’t Get Enough. A faixa apresenta um blues pesados e quase hard rock e decerto que para quem é fã do rock setecentista não vai desiludir com esse clássico fartamente passado nas rádio fm de rock. É uma canção que fala de amor nada mais mas que torna-a num clássico é pelas guitarradas de Simon Kirke. A Rock Steady, na minha opinião a melhor de todas, com ingredientes básicos mas Paul dá um toque especial graças à sua voz única. O intro e os refrães não desapontam. Ready For Love com um blues quase funk e badalado pela voz charmosa de Paul. Se para quem gosta de gospel com coros em uníssono decerto que a Don’t Let Me Down é a canção certa para os seus ouvidos. Bad Company não desiludi tal como o resto das faixas, não é só mais uma para preencher o álbum mas sim mais um clássico. As memoráveis linhas «Till the day I die» são tipo quase teatrais de um clima avassalador ou tipo cabaret em que está num estado melancólico. Pura poesia. O ponto alto também está presente no baixo alinhado de Boz Burrell e Paul toca piano na mesma tal como em Don’t Let Me Down. The Way I Choose uma balada quase jazz que percorre também blues de letra em que narra momentos de lamentos no passado. O rock in roll aperta-se em Movin’ On num estilo quase cowboy e cheio de estilo com grandes solos de Mick Ralphs. Seagull é simplesmente maravilhosa. Estou certo se fosse lançado em single seria um sucesso de tabelas. Uma balada quase country, a Seagull é simplesmente soberba, é dificil odiar este clássico. Paul nunca esteve melhor, Mick nunca tocou excelentemente guitarra acústica como aqui. Num clima tipo «hippie» a harmonia está presenciada fazendo lembrar o coral de Simon e Grafunkel. Para quem gosta de rock clássico ou de Bon jovi ou Journey não desiludirá com esta pérola que é considerado nos dias de hoje um clássico.
Paul Rodgers- Voz e piano e co-guitarra em Can’t Get Enough
Mick Ralphs- Guitarra/Keyboards
Roz Burrell- Baixo
Simon Kirke- Bateria
Mel Collins- Saxofone em Don’t Let Me Down
Produzido por Bad Company Lançado em Junho de 1974
No comments:
Post a Comment