
Não obstante, abro a página nº 24 da revista suplente «Y», uma revista obrigatória para comsumidores saciáveis de cultura e deparo-me para com Patti Smith. Sim o nome dela não me era estranho. Sim sabia de que década teve ela a sua primeira repercussão mas não sabia que musica fazia ela. Rock and Roll? Blues? Jazz? Ou Pop? O artigo não falava propriamente sobre essa tal cantora mas sim sobre o álbum Horses. as críticas, como pude observar, foram excelentes o que me levou a matar a minha curiosidade ao comprar estes álbum tão místico como pronunciara. Devo dar os meus parabéns pelo excelente artigo a Kathleen Gomes. O álbum representa, segundo a sua sonoridade, um post punk surgido dois anos antes da fama dele, uma maria-rapaz a cantar em altos berros mas com uma voz doce, bela e magistral. Liricamente, as letras retratam a sociedade, os tempos dificeis e os sonhos que temos que alcançá-los com muito esforço e suor. fala de Patti Smith na 1ª pessoa. Influências á parte só de Rimbaud, Jim Morrison e Bob Dylan, essas personagens tão conhecidas viriam a fazer parte da adolescência de Patti. A capa por si já vale muito no que diz respeito à cantora enraizada, fotografia tirada pelo fotógrafo lendário Robert Mapplephorpe e concepção da própria. Os musicos eram de alta qualidade e de um profissionalismo indeterminável, um deles fizera parte dos Television, o produtor era John Cale (ex-Velvet Underground). «Sou uma rapariga a fazer o que os gajos faziam habitualmente...», falara ela e bem. Um dia um critico vira um dos concertos de Patti e ficara surpreso por ela cuspir em palco e pronunciar algumas palavras «motherfuckers!». Era um dínamo vivo, basta ouvir a cover dos The Who, My Generation como bónus no Horses e saberão do que eu estou a falar. por fim saciei a minha curiosidade ao meter no meu PC e ligar no play. Foi um caso unico. bastou a musica para prevenir a loucura sobressaltada que ela transmitia. já descobri todos os cantos do mundo do rock in roll, já nada é novidade, saciei um pouco de tudo e até um mais de tudo. Como é vertiginoso este caminho. Como dizia Freddie:« O espectáculo deve continuar» e com toda a razão. O Horses foi um dos poucos e restantes álbuns a surpreender-me e curiosamente descobri por fim quem era a misteriosa intérprete que cantava «Because The Night», que passava frequentemente na rádio Comercial. Mas agora sei. é certo que ela não era uma daquelas raparigas Pop stars como Britney Spears ou Jennifer Lopez. É certo que ela não tinha unhas pintadas, lábios com baton, pó de arroz ou um corpo perfeito como aparece nessas caras tão perfeitas e de falsos sorrisos em que se vê nos prémios da MTV. Mas ela tinha e ainda tem estilo. A poesia que conseguiu transmitir é surpreendente. Ela foi determinada a conseguir chegar aonde sempre quiz. Com esforço e muito suor. Nunca quiz fama. Só dignava que alguém entendesse a sua musica. Nos dias de hoje raparigas como esta já não há. Tudo culmina à perfeição. já não há sinceridade por trás das camâras. Como já disse só há Britney speares ou Jenifferes, ou seja a musica plástica. Trinta anos não bastaram para que Horses, o melhor de Patti, caisse no esquecimento. O artigo que aqui escrevo é pela simples razão de prestar homenagem á verdadeira musa da musica. Ave Patti Smith!
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