
Grandes Iron Maiden! A volta foi surpreendente com a dama de metal a mostrarem mais uma vez que têm garra e que Eddie está de volta para aterrorizar os corações dos mais fracos. Apesar de a fórmula ser a mesma desde a metade da década 90 os Maiden são donos de um estilo único e inconfundível e outra das grandes proezas é que três guitarras em simultâneo funcionem perfeitamente bem, algo que raramente resulta bem noutras bandas, a formação é a mesma desde o grande e já clássico álbum Brave New World (2000) e Steve Harris, lider e baixista do grupo consegue entreter-nos e impressionar-nos sempre com algo diferente. Talvez Matther Of Life And Death seja o mais progressivo e longo de todos os originais da banda mas não é o ‘mais chato’ aliás consegue muito bem agarrá-lo ao som delicioso e único. O álbum abre com Different World muito orientada para o hard rock dos seventies, um pouco de Thin Lizzy ou Black Sabbath mas ainda mais pesado. É o básico da discografia dos Maiden abrirem sempre com faixas roqueiras para relaxar e apreciar. Dava um belo single. These Colours Don’t Run tem como tema a guerra fria, a faixa abre com o excelente solo melódico de Dave Murray. Brighter Than A Thousand Suns é impressionante e a isso deve-se muito ao grande vocalista, o senhor Bruce Dickinson. Ele abusou muito nas vocais com ecos e sabe-se lá mais o quê. The Pilgrim é excelente (aliás aqui tudo é excelente) o recurso das vocais dobradas foi muito bem usado (tom médio e alto), o destaque vai também para Nicko Mccbrain, pode ser já velho mas ainda sabe dar porrada na bateria e também mostra que tem técnica e truques na manga. The Longest Day muito bem detalhada, épica e excelente trabalho nas linhas do baixo e guitarra. É um marco para o Maiden mais progressivo. O tom grave de Dickinson no intro é uma surpresa e atmosfera musical é aterradora, Mccbrain cria trovões com a sua bateria e os refrães em plenos pulmões são admiráveis Out Of The Shaddows, uma das faixas curtas, muito progressivo e adiciona-se também os violões e já para não se esquecer o solo fenomenal de Adrian Smith (na minha opinião o melhor solista da banda). The Reincarnation Of Benjamin Breeg é uma excelente faixa bem roqueira, de certeza que já houve gente que ouvi-a no Top + ou no VH1, pois foi lançado em single e é uma das minhas favoritas. Apesar de não ter um formato mais comercial feito para ser single este está entre os clássicos que merece entrar para um dos Best Of da dama de ferro. Agora se quem é Benjamin Breeg isso ainda é um mistério. For The greater Good Of God é uma critica que fala sobre individuos que usam o nome de Deus para os seus próprios fins. A sensação que tive ao ouvi-la foi a de ficar impressionado com o que esse pessoal podia fazer ao vivo no estudio sem recorrer a essas tretas digitais ou truques de estúdio, a técnica é benevolente e são mestres da arte de fazer a musica mais ao natural usando os seus próprios recursos. Lord Of Light tem influencias do Factor X, Adrian mais uma vez faz um óptimo trabalho na guitarra introduzindo solos extenuantes mas não deixa de ser a melhor faixa do álbum, embora que seja agrdável ouvi-la. Por fim temos o épico e mais progressiva faixa de todas nesta já obra-prima: The Legacy. Já considerado a faixa favorita neste álbum pelos fãs da banda e de facto não é para menos. Se ouvirem sabem do que estou a falar. O ambiente alterna-se entre balada, peso e riffs unicos, uma Bohemian Rhapsody á maneira dos Maiden. Longa e muito técnica as vocais de Dickinson são excelentes, de certeza uma faixa muito trabalhada e cuidada. A Matter Of Life And Death é um excelente álbum, ainda mais ao estilo do líder da banda, Steve Harris (como ele disse que as suas influencias são do rock progressivo tipo Pink Floyd ou Yes), do que da banda. Apesar de continuar a preferir o The Dance Of Death, dos trens da nova formação este registo dos originais já é um marco histórico da banda e isso deve-se ao excelente profissionalismo da banda no estúdio. Os Iron Maiden serão sempre a minha banda favorita no panorama heavy metal e eles são os mais sinceros possíveis enquanto vemos os Metallica mais comerciais do que nunca e recorrem a cada estupidez como psicológicos ou sabe-se lá mais o quê os Iron Maiden mantém o emblema metaleiro.
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