Monday, June 25, 2007

Dire Straits- Dire Straits

Os Dire Straits foram uma das bandas mais carismáticas no final da década 70 e metade de 80. Formada em 1976 pelo guitarrista/vocalista Mark Knopler, que antes era professor de literatura inglesa, pelo seu irmão, também guitarrista, David Knopler , o baixista John Illsley e o baterista Pick Withers. Com esta formação gravaram a demo Sultans Of Swing que rapidamente tornou-se num sucesso no meio underground. Em 1977 seguiram numa digressão mundial para a primeira parte dos Talking Heads. Nesse mesmo tempo foram contratados pela Vertigo onde, como se sabe, gravaram o seu primeiro álbum. Curiosamente os Dire Straits alcançaram sucesso nas paradas britânicas no meio do punk e new wave que dominavam desde então o mercado inglês. O som da banda era demasiado complexo, tipicamente pub e com raizes country americano, rock clássico, jazz e influências fortes de J. J. Cale o que faz a banda sair da corrente musical que se vivia naquela altura. Mark Knopler, não só professor como também critico de rock, um guitar g«hero para as novas gerações, bonacheirão e indolente (voz arrastada como a de Bob Dylan, mas menos analasada), com uma técnica muito particular (os seus arpejos com as pontas dos dedos farão sofrer muitos guitarristas amadores), Mark Knopler apura com este primeiro álbum, produzido por Muff Winwood. O álbum abre com Down To The Waterline, o inicio fica para Mark Knopler na acústica passando para o country eléctrico, como se estivesse a ver um filme de cowboys. Water Of Love, lança um pouco de raízes africanas, percebe-se que a banda atravessa o seu melhor momento com este álbum. Setting Me Up, funk/rock descontraído com um pouco de influencias southern rock. Six Blade Knife, funk rock altamente pesado com influencias um pouco de hard rock do seu tempo. Southbound Again, um tema surpreendente, a voz de Mark Knopler encaixa perfeitamente nos velhoes blues. Um tema predilecto para quem ouve. Sultans Of Swing (nº 4 nos EUA e nº 8 no Reino Unido) é daqueles temas que fica para sempre na história da banda. a obra-prima de Mark Knopler que nunca mais conseguirá igualar e tentará imitar (como em Walk Of Life), o tema demonstra também um talento para o ambiente live, daqueles hinos de estádio, é claramente influenciado pelo jazz/rock. saiba-se que os System Of A Down coverizáram-na! In The Gallery, balada poderosa e doce , tema épico e magnificamente orquestrado pela técnica tipica de Mark Knopler. Marca também o aparecimento do lirismo mais progressivo (que tentará fazer em Love Over Gold). Wild West End é um tema ilustrado pela fórmula soul/pop/rock. Embelezada pela leveza da acalmação perfeita, um tema country e reflexivo. O pop perfeito que tantos artistas tentam encontrar (alguns conseguem) está no tema Lions, o tema apropriado para fechar este clássico. Podiam não saber mas os Dire Straits lançaram o melhor álbum (juntamente com Brothers In Arms), não cansará dele, vai impressioná-lo e ainda ouvir vezes sem contas o álbum que deu a conhecer a banda ao publico internacional. Um must.

Sunday, June 17, 2007

Patti Smith, A Maria Rapaz

Tudo começou numa bela manhã por volta das oito horas. Uma manhã gélida, as folhas acastanhadas de Outono embaralhavam-se no leito da estrada de alcatrão e num quiosque mesmo ao lado da paragem onde costumo apanhar o autocarro compro o jornal O Publico, o jornal de eleição para me actualizar. Até ai tudo bem. Como se sabe eu sou um fã feroz e sagaz que vivo no mundo de rock and roll e como se sabe mantenho-me informado sobre esse mundo paradoxo. Cada obra prima como A Night At The Opera ou The Wall representa um mundo para além deste mundo que toda a gente desconhece menos eu, um lugar só meu. Um esconderijo escondido em mim.
Não obstante, abro a página nº 24 da revista suplente «Y», uma revista obrigatória para comsumidores saciáveis de cultura e deparo-me para com Patti Smith. Sim o nome dela não me era estranho. Sim sabia de que década teve ela a sua primeira repercussão mas não sabia que musica fazia ela. Rock and Roll? Blues? Jazz? Ou Pop? O artigo não falava propriamente sobre essa tal cantora mas sim sobre o álbum Horses. as críticas, como pude observar, foram excelentes o que me levou a matar a minha curiosidade ao comprar estes álbum tão místico como pronunciara. Devo dar os meus parabéns pelo excelente artigo a Kathleen Gomes. O álbum representa, segundo a sua sonoridade, um post punk surgido dois anos antes da fama dele, uma maria-rapaz a cantar em altos berros mas com uma voz doce, bela e magistral. Liricamente, as letras retratam a sociedade, os tempos dificeis e os sonhos que temos que alcançá-los com muito esforço e suor. fala de Patti Smith na 1ª pessoa. Influências á parte só de Rimbaud, Jim Morrison e Bob Dylan, essas personagens tão conhecidas viriam a fazer parte da adolescência de Patti. A capa por si já vale muito no que diz respeito à cantora enraizada, fotografia tirada pelo fotógrafo lendário Robert Mapplephorpe e concepção da própria. Os musicos eram de alta qualidade e de um profissionalismo indeterminável, um deles fizera parte dos Television, o produtor era John Cale (ex-Velvet Underground). «Sou uma rapariga a fazer o que os gajos faziam habitualmente...», falara ela e bem. Um dia um critico vira um dos concertos de Patti e ficara surpreso por ela cuspir em palco e pronunciar algumas palavras «motherfuckers!». Era um dínamo vivo, basta ouvir a cover dos The Who, My Generation como bónus no Horses e saberão do que eu estou a falar. por fim saciei a minha curiosidade ao meter no meu PC e ligar no play. Foi um caso unico. bastou a musica para prevenir a loucura sobressaltada que ela transmitia. já descobri todos os cantos do mundo do rock in roll, já nada é novidade, saciei um pouco de tudo e até um mais de tudo. Como é vertiginoso este caminho. Como dizia Freddie:« O espectáculo deve continuar» e com toda a razão. O Horses foi um dos poucos e restantes álbuns a surpreender-me e curiosamente descobri por fim quem era a misteriosa intérprete que cantava «Because The Night», que passava frequentemente na rádio Comercial. Mas agora sei. é certo que ela não era uma daquelas raparigas Pop stars como Britney Spears ou Jennifer Lopez. É certo que ela não tinha unhas pintadas, lábios com baton, pó de arroz ou um corpo perfeito como aparece nessas caras tão perfeitas e de falsos sorrisos em que se vê nos prémios da MTV. Mas ela tinha e ainda tem estilo. A poesia que conseguiu transmitir é surpreendente. Ela foi determinada a conseguir chegar aonde sempre quiz. Com esforço e muito suor. Nunca quiz fama. Só dignava que alguém entendesse a sua musica. Nos dias de hoje raparigas como esta já não há. Tudo culmina à perfeição. já não há sinceridade por trás das camâras. Como já disse só há Britney speares ou Jenifferes, ou seja a musica plástica. Trinta anos não bastaram para que Horses, o melhor de Patti, caisse no esquecimento. O artigo que aqui escrevo é pela simples razão de prestar homenagem á verdadeira musa da musica. Ave Patti Smith!

Bad Company- Bad Company

Uma banda como os Bad Company não podiam resultar melhor que isto! Definindos como super banda e com razão: Paul Rodgers (apesar da proposta irresistivel de substituir Ian Gillian dos Deep Purple decide avançar com o seu novo projecto) caracterizado pela sua voz de blues apaixonantes, pelo Simon Kirke ambos dos Free, por Mick Rhapls (insatisfeito com a liderança de David Bowie nos Mott The Hopple sai de imediato e entra a convite para os Bad Co.), e por Boz Burrell dos King Crimson. Empresariados pelo lendário Peter Grant (também empresário dos Led Zeppelin) assinam contrato para a inexperiente gravadora Swan Song e logo no inicio lançam Bad Company e o sucesso é imediato ocupando o primeiro lugar nos EUA e ocupando a terceira posição no Reino Unido. As suas letras entram nas linhas básicas em que descreve o amor não conseguido e a necessidade de «refrescar as ideias» vadiando. Em termos líricos e visuais os Bom Jovi bem podiam ser os Bad Co nos anos 80 já que prefiguram com similaridade. O disco apresenta-se de blues e rock in roll quase clássico e quase pré-moderno ou seja: eles encontraram uma sonoridade única que iria definir a banda nos próximos discos. Baladas roqueiras de sucesso iriam ser a marca registada da banda. Comecemos por Can’t Get Enough. A faixa apresenta um blues pesados e quase hard rock e decerto que para quem é fã do rock setecentista não vai desiludir com esse clássico fartamente passado nas rádio fm de rock. É uma canção que fala de amor nada mais mas que torna-a num clássico é pelas guitarradas de Simon Kirke. A Rock Steady, na minha opinião a melhor de todas, com ingredientes básicos mas Paul dá um toque especial graças à sua voz única. O intro e os refrães não desapontam. Ready For Love com um blues quase funk e badalado pela voz charmosa de Paul. Se para quem gosta de gospel com coros em uníssono decerto que a Don’t Let Me Down é a canção certa para os seus ouvidos. Bad Company não desiludi tal como o resto das faixas, não é só mais uma para preencher o álbum mas sim mais um clássico. As memoráveis linhas «Till the day I die» são tipo quase teatrais de um clima avassalador ou tipo cabaret em que está num estado melancólico. Pura poesia. O ponto alto também está presente no baixo alinhado de Boz Burrell e Paul toca piano na mesma tal como em Don’t Let Me Down. The Way I Choose uma balada quase jazz que percorre também blues de letra em que narra momentos de lamentos no passado. O rock in roll aperta-se em Movin’ On num estilo quase cowboy e cheio de estilo com grandes solos de Mick Ralphs. Seagull é simplesmente maravilhosa. Estou certo se fosse lançado em single seria um sucesso de tabelas. Uma balada quase country, a Seagull é simplesmente soberba, é dificil odiar este clássico. Paul nunca esteve melhor, Mick nunca tocou excelentemente guitarra acústica como aqui. Num clima tipo «hippie» a harmonia está presenciada fazendo lembrar o coral de Simon e Grafunkel. Para quem gosta de rock clássico ou de Bon jovi ou Journey não desiludirá com esta pérola que é considerado nos dias de hoje um clássico.

Paul Rodgers- Voz e piano e co-guitarra em Can’t Get Enough

Mick Ralphs- Guitarra/Keyboards

Roz Burrell- Baixo

Simon Kirke- Bateria

Mel Collins- Saxofone em Don’t Let Me Down

Produzido por Bad Company Lançado em Junho de 1974

Monday, June 11, 2007

Bryan Adams- Reckless

Bryan Adams não foi só um rapaz de calças de ganga e de t-shirt cantando baladas pop e endoidecendo raparigas na década 80. ele sabia e ainda sabe fazer um bom rock in roll, límpido, directo e por vezes até pesado. Reckless por sinal é o que melhor sintetiza a sua maestria. Mesmo antes deste grande clássico Bryan Adams já estava no mundo da musica lançando três álbuns de grande qualidade (Bryan Adams, You Want It, You Got It e Cuts Like A Knife) mas foi com Reckless que acertou, devido á grande variação musical e inspiração, e também por ser o trabalho menos pesado e mais acessível. Keith Scott (guitarrista) que acompanha Bryan Adams desde o inicio da carreira, fazendo dupla com o próprio Adams nas guitarras ritmicas, demonstra um talento fora do vulgar em tocar solos bem competentes e agradáveis (ao vivo chega a tocar 10 minutos tal como Brian May a tocar Brightom Rock), é elemento bem fundamental para a constituição da banda. Ironicamente estávamos numa época em que as tabelas eram dominadas por sintetizadores (tipo Tears For Fears, Madonna, Despeche Mode) Bryan Adams cingiu-se ás armas e ofereceu uma elite de clássicos do rock que vale a pena lembrar. Vamos a isso:

One Love Affair- simplesmente uma grande musica. Veiculada por um clima pop/rock, a vocal de Bryan está em grande forma, muito melodiosa, o álbum abre em grande estilo.


She’s Only Happy When She’s Happy- de estilo rock in roll bem básico com um feeling «cool», agradável de ouvir e dificil de detestar.


Run To You- quem não conhece esta faixa! Um grande clássico na década 80, em que passava fartamente nas discotecas e nas rádios (e ainda hoje passa), com um grande riff, bem trabalhada e muito comercial, de formato pop.


Heaven- Uma super balada muito pop, chegou a numero um nos EUA. As teclas dominam de uma forma magistral, faz qualquer um tremer de emoção (‘tou a exagerar). Só acho pena que esta faixa tenha sido evitada nos dias de hoje, por sinal é uma grande canção.


Somebody- espectáculo! É tudo o que posso dizer. Tem um certo feeling de estarmos a ouvir ao vivo, porque os refrães apelem muito a que o publico acompanhe o cantor, cheia de energia é um clássico absoluto de rock in roll e como não podemos deixar de esquecer Keith Scott faz um solo formidável.


Summer Of ’69- mais um grande clássico de Bryan. A letra fala basicamente da adolescência de Bryan com uma certa ironia, o intro é fantástico com grande riffs, uma faixa bem ao estilo de pop/rock que passou extensas vezes na MTV. Agrada muito ao ouvinte é difícil de detestar. Curiosamente Bryan tocou esta faixa ao vivo no Pavilhão Atlântico em versão acoustica, que eu detestei, merecia ter mais destaque e um formato original, e a Somebody infelizmente foi esquecida.


Kids Wanna Rock- Rock da pesada. A letra é bem engraçada e simples. Apela a que os Djs das rádios toquem mais rock, o Disco e New Wave recebe uma espécie de duras criticas por parte de Adams, mas isso tudo numa brincadeira.


It’s Only Love- Bryan canta em parceria com Tina Turner este clássico. Bem energético mas que demonstra ser uma faixa roqueira como se Tina estivesse a voltar aos velhos tempos, vozes impecáveis mas sofre por ser uma faixa um bocado desordenada e directa.


Long Gone- uma das minhas faixas favoritas, Bryan Adams está fenomenal na voz de cronner, com uma batida bem pesada e mais uma vez apresentamos um dos grandes guitarristas: Keith Scott em grande estilo.


Ain’t Gonna Cry- o inicio surpreende qualquer um pela entrada das baquetas com todo o furor e fúria. O baixo também se torna audível. Está aqui um pouco de tudo, é uma faixa com um rock in roll bem relaxado e mais uma vez Bryan usa a voz de cronner, com refrães pegajosos e energéticos e Keith brilha mais uma vez com um solo bem distorcido. Ou seja o álbum encerra em grande estilo.


Bryan adams só descobriu o seu estrelato definitivo com (Everything I Do) I Do It For You mas a sua verdadeira obra olha desde para trás até ao seu ultimo álbum. Se para quem prefere um rock mais pesado (chegando mesmo ao hard rock) aconselho vivamente Waking The Neighbours. Bryan Adams sempre recusou o estatuto de superstar sendo sempre o mesmo musico desde o inicio, ou seja sincero sem mudanças sonoras, fazendo aquilo que ele mais gosta de fazer: tocar guitarra, é esse o eterno adolescente que traz grandes surpresas e muito rock in roll. O trabalho Reckless é um dos meus álbums favoritos da década 80 e o melhor da carreira de Bryan Adams. É intemporal.


Lançado a Fevereiro de 1985

Produzido por Bob Clearmountain

David Bowie- Alladin Sane (1972)


David Bowie tem razões para sorrir após ter produzido enormes sucessos de artistas de renome conhecidos como os Mott The Hopple (em All The Young Dudes) e Lou Reed (em Transformer) e de ter a imprensa ao seu lado pela primeira vez graças ao incontestável álbum que é considerado um dos grandes clássicos da era Glam Rock, o Ziggy Stardust. Mesmo antes de Ziggy Stardust David Bowie já haveria criado grandes clássicos como o folklórico Space Oddity, o muito hard rock em The Man Who Sold The World e o variado acústico de Hunky Dory. David Bowie criara a sua própria personagem fortemente influenciada por Iggy Pop e Mark Bolan mas ao mesmo tempo com um estilo único, com trajes futuristas, cabelo em forma avermelhado de cenoura e muita excentricidade, desse mesmo visual levara-o a identificar-se como superstar. Aladdin Sane é todo composto liricamente e musicalmente por David Bowie a acrescentar ainda uma cover dos Rolling Stones (Let’s Spend The Night Together). A banda acompanhada é Mike Garson no piano (abandonado por Rick Wakeman) que cria climas extraordinários, Mick Ronson na guitarra (grande guitarrista), Trevor Bolden no baixo, Woody Woodmansey na bateria e como gospel vai Linda Lewis, os irmãos MacCormack e Juanita Franklin. Fortemente influenciado pelo livro "Vile Bodies" de Evelyn Waugh, onde visões de Armageddon, a eliminação da diferença entre os sexos, como também a conquista da vida sobre a morte e sobre o conceito que conhecemos como tempo. Todas as coisas resultam desse mesmo disco, mas não indo à conceptualidade. O álbum abre com o muito rock stoniano WATCH THAT MAN, de clima Exile On Main Street, mas o que torna ainda comparativo é pela backing vocals e sopros ai adicionados, realçando uma fórmula empolgante. A próxima faixa é uma obra prima. O título da canção, Aladdin Sane é na verdade um arranjo discreto de "A lad insane", um rapaz insano. Ao lado do nome, existe três datas em parênteses, 1913 - 1938 - 197?. Os primeiros dois anos têm em comum de serem anos de vésperas do inicio da Primeira e Segunda Guerra Mundial, respectivamente. É apenas natural supor que a terceira lacuna, especula sem determinar a véspera da Terceira Guerra Mundial, ou seja, um mistério já resolvido visto que já ultrapassámos esse tempo. Liricamente representa algo abominável, o povo inglês que vivia cheio de prazeres e depois vem o inevitável, a Grande Guerra, em que as pessoas iriam à tona sendo lançado a um holocausto sem fim, é uma metamorfose do que a América está a ser. Drive In Saturday parte do pressuposto, que o povo depois do holocausto, agredido pela radiação que ataca os órgãos sexuais e atrofiam os instintos, acaba por esquecer como amar com relações sexuais. Sobra como opção de tentar reaprender assistindo a filmes nos drive-ins. Outra faixa, Panic In Detroit nasceu de uma conversa entre Iggy Pop em que sonhava sobre a pura anarquia e rebelião contra o sistema com os seus amigos da escola, entrincheirados de metralhadoras e uma boina na cabeça. Depois de Iggy ter ido embora David imaginou-o como um Che Guevara membro da Gangue Nacional do Povo, é uma canção algo pesado à la Bo Diddley com ritmos de Mick Rosnson. Cracked Actor apresenta-nos como personagem, um actor envelhecido e decadente, mal intencionado e mercenário. Time abre o segundo lado trazendo de volta Mike Garson com seu piano que nos remete directo para o teatro. Bowie interpreta e questiona no melhor estilo Brecht - Weill, a máxima de Shakespere, ao reflectir que o mundo não é um palco mas sim um camarim. E ao pisar no palco, o tempo pára. A frase (...) demanding Billy Dolls (...), é uma referência a Billy Murcia, baterista do New York Dolls que acabara de morrer em Londres no Verão. Sem duvida uma balada excepcional com gospel no seu melhor estilo, inovador. A coverizada Let’s Spend The Night Togheter, um rock duro, rugoso e simples fala da heterossexual da década de sessenta Bowie parece tentar alterá-la implicando a ideia de que fora composta falando sobre a homossexualidade. Jean Genie de grandes riffs mostrando um Mick Ronson puro com a sua Gibson, uma canção hard rock que se tornou num dos grandes singles do século XX e da década de setenta. Finalmente fechando, Lady Grinning Soul uma das interpretações mais bonitas de David Bowie em toda sua carreira. Essa balada é lindamente arranjada com violões de seis e doze cordas, além de um piano riquíssimo, novamente nas mãos de Garson. Não é um álbum conceptual, muito pelo contrário, é simplesmente uma selecção de grandes faixas resumidas a serem ouvidas e sancionadas pela curiosidade, vale a pena ouvir e “reouvir” uma grande colecção de sublimes baladas e rock speedado, um álbum verdadeiramente glam rock. Conta com a produção de David Bowie e Ken Scott. Embora que o álbum que mais oiço e goste seja o conceitual Ziggy Stardust o Aladdin Sane está entre os melhores deste grande mestre.

Syd Barret

Syd Barret Roger Keith Barret (nasceu a 6 de Janeiro de 1946, em Cambridge, Inglaterra) , mais conhecido por Syd Barret, era um génio no meio musical que o destino amargou-o dando poucos anos de vida a Syd na musica, mas temos que reconhecer que Syd Barret era um génio que transbordava loucura e inovação. Muitos como ele nunca houve, se quer a prova ouve The Piper At The Gates Of Dawn, obra prima absoluta dos Pink Floyd! Foi um dos fundadores da banda Pink Floyd, que fundou nos princípios de 1960, infelizmente uma das poucas coisas que muita gente não sabe é que Syd Barret foi inovador pela razão de explorar como nunca as capacidades sonoras da distorção e especialmente por explorar a recém chegada máquina de eco. Cada vez mais a musica pop/rock ia ganhando importância e já não era só os singles quer importavam, o álbum ao todo era considerado obras-primas em que cada faixa ganhava identidade própria, letras bem arrojadas, instrumentos exóticos e pura êxtase. Assim começou o movimento rock progressivo, em que reinava acima de tudo o experimenta. O que mais caracterizava o rock progressivo era a tentativa de não ter estilo próprio mas explorar outros estilos para além do mesmo. Há quem diga que a marca inicial do rock progressivo, ou seja a sua génese é The Piper At The Gates Of Dawn outros afirmam que é St Pepper’s Lonely Hearts Club Band mas seja como for curiosamente as duas banda partilharam o mesmo estúdio durante as sessões desses mesmos álbuns aqui dito. Na altura Roger Waters, Right Wright e Nick Manson, na época em que frequentavam a faculdade de Cambridge, formavam a banda Sigm 6 em que interpretavam clássicos de rock e até de folk. O grande momento da banda ocorreu quando Roger "Syd" Barret, se juntou á banda, que estudou com Roger Waters na Cambridge High Scholl. Foi de Barrett a idéia do nome Pink Floyd Sound, mas mais tarde abreviou o nome da banda para Pink Floyd (o nome era uma homenagem aos blues-men Pink Anderson e Floyd Council, influências de Syd). À medida que a popularidade dos Pink Floyd aumentava, assim como o consumo de drogas psicotrópicas por parte de Syd (especialmente LSD), a sua apresentação nos concertos tornava-se cada vez mais imprevisível e bizarro e o seu comportamento geralmente direccionava para o sucesso da banda. Os problemas vieram á baila durante a primeira digressão do grupo pelos Estados Unidos nos finais de 1967, Syd começou revelar um comportamento extrovertido e cada vez mais se ausentava causando cada vez mais problemas para o grupo. Contam-se muitas histórias sobre o comportamento bizarro e imprevisível de Syd, algumas delas sem dúvida falsas, mas sabe-se que outras são verdadeiras. Numa ocasião famosa, no programa de televisão de Pat Boone recusou-se a fingir que actuava, ficando parado, de braços caídos apoiado no corpo e olhando fixamente para a câmara, hipnótico. Noutro incidente bem conhecido, diz-se que antes de entrar em palco Syd terá esmagado uma caixa inteira de tranquilizantes Mandrax misturando-os com uma grande quantidade de creme para o cabelo Brylcreem, depois pôs a mistura sobre a cabeça e colocou-se por debaixo dos projectores de palco; a mistura viscosa derreteu e começou a escorrer pela sua cara dando a aparência desta se estar a derreter. Outra história diz que Syd apareceu no estúdio apresentando aos colegas uma música nova chamada Have You Got It Yet. Conforme ia ensinando a canção ao grupo tornou-se óbvio que ele mudava os acordes cada vez que a tocava, tornando impossível a sua aprendizagem e acompanhamento. Tem sido afirmado que os seus problemas com a droga não teriam sido apenas da sua responsabilidade, que ele era regularmente 'doseado' (tomava LSD sem o seu conhecimento) por "amigos" que lhe davam LSD todos os dias, embora antigos amigos de Syd Barrett tenham desmentido este facto num artigo sobre Barrett publicado no The Observer em 2002. Quaisquer que fossem as causas, o que é certo é que passados apenas 2 anos da formação dos Pink Floyd, Barrett abandonou o grupo. Após ter gravado algumas partes do segundo álbum dos Pink Floyd, A saucerful of secrets em 1968 - incluindo Jugband blues, que faz referências óbvias à sua crescente indiferença em relação à banda - Barrett foi dispensado do grupo. A intenção original era de que Barrett continuasse a contribuir para a escrita e gravação, e como ele era o principal compositor, havia a esperança que ele desempenhasse um papel semelhante ao do líder dos Beach Boys, Brian Wilson, que apesar de ter deixado de actuar ao vivo, tinha continuado a compor para o grupo. Mas Syd cada vez menos contribuía para a banda e o seu comportamento era cada vez mais errático, de tal forma que os outros membros do grupo deixaram de o convidar para os concertos e sessões de gravação. O grupo contratou um velho amigo de Cambridge, guitarrista, David Gilmour, para primeiro desenvolver novas ideias para a banda e depois substituir Syd nos concertos, mas depressa se tornou óbvio que Syd nunca mais voltaria. A transição foi fácil pelo facto de Gilmour ser mais do que capaz de ocupar o lugar de Syd (foi Gilmour que ensinou Barrett a tocar guitarra) e que mesmo que ao seu estilo faltasse o experimentalismo atrevido pelo qual Syd era conhecido, era um vocalista e compositor excepcional e um guitarrista dotado. Assim, Gilmour tornou-se um membro permanente da banda, com o baixista Roger Waters a tomar a liderança do grupo. O declínio de Syd teve um profundo efeito na escrita de Gilmour e Waters, e o tema da doença mental e a sombra da desintegração de Syd penetrou nos três álbuns de maior sucesso dos Pink Floyd, The dark side of the moon, Wish you were here e The wall. Syd foi-se retirando do mundo da música aos poucos, embora tivesse feito uma breve carreira a solo editando dois álbuns idiossincráticos mas bastante complexos comoThe Madcap Laughs (1970) e Barrett (1971). A maior parte do material de ambos os álbuns terá sido escrito no seu período mais produtivo (fins de 1966 e princípio de 1967), acreditando-se que terá escrito muito pouco após ter deixado os Floyd. O primeiro álbum apresenta fortes indícios do frágil estado de espírito de Syd, com faixas como "Dark globe" a mostrarem claramente que, apesar de ele ter bom material para trabalhar, era praticamente incapaz de participar em algumas sessões. O segundo álbum mostra um maior esforço em conseguir um acabamento mais polido. Em ambos os álbuns Syd trabalhou com o empresário dos Floyd, Peter Jenner, com Waters, Gilmour e com membros dos Soft Machine. Syd contribuiu também para a gravação do LP "Joy of a toy" de Kevin Ayers, embora a faixa em que ele tocou guitarra, "Religious Experience (singing a song in the morning) não fosse comercializada até 2003. Houve algumas sessões para um terceiro álbum que foram abortadas e que segundo se consta terminaram após Syd ter atacado um empregado do estúdio que lhe apresentou umas letras escritas a vermelho, e que Syd presumindo que se tratava de contas para pagar lhe teria mordido a mão. Syd passou muitos dos anos seguintes a pintar, e as poucas telas que ele deu ou vendeu são hoje muito valiosas. Syd continua a pintar e muitas vezes a ouvir música, estando entre os seus favoritos os Rolling Stones, Booker T. & The MGs e compositores clássicos, não tendo dado nenhuma atenção a uma compilação dos Pink Floyd que lhe foi oferecida. Syd continuou a sofrer de doença mental, bem como de problemas físicos provocados por uma úlcera péptica; mais recentemente foi-lhe diagnosticado diabetes. Foi ocasionalmente hospitalizado, existindo muita especulação entre os seus fãs e a imprensa sobre as causas desses internamentos. De acordo com um artigo publicado em The Observer em 2002, Syd não toma qualquer medicação e especula-se que poderá sofrer de uma forma severa do Síndrome de Asperger. Pese o facto de Syd não aparecer nem falar publicamente desde 1973, o tempo não diminuiu o interesse na sua vida e obra, nem o interesse da imprensa na sua história; infelizmente, jornalistas e fãs continuam a deslocar-se a Cambridge á sua procura, invadidndo a sua privacidade. O álbum de 1975 "Wish you were here" foi um tributo a Syd Barrett (que diz-se, ter aparecido de surpresa numa sessão de gravação, afirmando estar pronto para trabalhar outra vez); a faixa Shine on you crazy diamond, que abre e fecha o álbum, fala sobre Syd Barrett, conforme é reconhecido por alguns membros dos Pink Floyd. A faixa " I know where Syd Barrett lives" de Television Personalities é outro tributo bem conhecido. Supostamente, Roger Waters, usou a partida de Barrett e a sua condição, como inspiração para o álbum The dark side of the moon, assim como, terá baseado o comportamento e personalidade de 'Pink', o principal personagem do filme The Wall, na vida real de Barrett. Em 1988 a EMI editou " Opel ", um álbum de material não editado de Barrett gravado em 1970. A EMI editou também "The best of Syd Barrett - Wouldn't you miss me?" no Reino Unido em 16 de Abril de 2001 e a 11 de Setembro do mesmo ano nos EUA.



Discografia a Solo:


The Madcap Laughs


Barrett


The Peel Sessions Opel


The Best of Syd Barrett - Wouldn't You Miss Me? (compilação)

Dimebag Darrell

Dimebag Darrell (1966-2004)
Darrell "Dimebag" Abbott nasceu em 1966 no dia 20 de agosto e faleceu em 8 de dezembro de 2004. Mais conhecido como Diamond Darrell, foi guitarrista das bandas de heavy metal Pantera e Damageplan. Darrell Lance Abbott nasceu em Dallas, no Estado norte-americano Texas, filho de Jerry Abbott, compositor de música country. O seu pai era dono de um estúdio de gravação na cidade de Pantego, Texas, onde Darrell viu a performance de muitos guitarristas de blues, inspirando-o a aprender a tocar o instrumento. Logo, Dimebag começou a participar em concursos estaduais de guitarra e com apenas 16 anos ficou proibido de participar porque ganhava muitas vezes. Entre as principais influências musicais de Dimebag estavam Judas Priest, Randy Rhoads, Eddie Van Halen, Ace Frehley e os velhos blues. Os Pantera iniciaram a sua carreira- corria o ano de 1981- em torno dos irmaos Darrel Lance Abbott e Vincent Paul Abbott. Apesar do ambiente musical ali vivido Dimebag só começou realmente a interessar-se por guitarra depois de ter assistido a uma actuação dos Kiss ao vivo. A devoção pela banda era de tal maneira grande que até chegou a fazer uma tatuagem do autógrafo de Ace Frehley no peito. Curiosamente a devoção de Dimebag aos autores de “Destroyer” foi perpetuada até ao fim- o guitarrista foi sepultado num dos famosos caixões comercializados pelo grupo liderado por Gene Simmons. A primeira versão dos Pantera deu os primeiros passos no circuito de clubes de Texas fazendo versões de clássicos de Van Halen e Kiss. O primeiro passo em direcção a uma carreira auspiciosa foi com o lançamento do primeiro álbum, “Metal Magic” produzido pelo próprio pai de Dimebag e editado pela própria editora da banda: Metal Magic Records. curiosamente a banda seguia um visual glam rock 80’s com uma sonoridade influenciada pelos Def Leppard, Kiss e Van Halen. Chegaram a abrir para os Stryper, Dokken e Quiot Riot. O álbum de estreia vendeu 25 mil cópias apesar da fraca difusão. É com a entrada de Phil Anselmo e com o álbum, já com um alinhamento trash, que a banda começa uma nova era onde depois seguem uma carreira gloriosa com os álbuns seguintes. Na altura em que estavam, sem um contrato discográfico Dimebag chegou a fazer uma audição para guitarrista dos Megadeth. A integração do grupo foi-lhe proposta mas o musico tinha uma condição inegociável: só entraria se o seu irmão entrasse como baterista. Como é obvio o acordo acabou por não se realizar e Dimebag ficou de fora. Depois de assinarem um contrato com a Atco Records, os Pantera ressurgiram com um novo visual e uma sonoridade bem potente a que eles próprios chamaram de “power groove”. O álbum Cowboys From Hell surgiu nos escaparates em 1990 e tornou-se no álbum que lhes deu a reconhecer mundialmente. Em 91 o quarteto fez a sua primeira digressão acompanhada pelos Judas Priest e chegaram mesmo a tocar em Portugal. Saiba-se que os Pantera foram a primeira banda de metal a entrar directamente para o 1º lugar na Billboard com o álbum consagrado, Far Beyond Driven. Sem duvida que Dimebag merece estar na lista dos grandes guitar heros juntamente com Tommy Iommi, Eddie Van Halen, Jimi Hendrix, Randy Roads e Ace Frehley. Dimebag foi um dos grandes heróis que eu admirei e ainda admiro. A sua presença era de tal maneira forte que nunca me esquecia há quase dez anos quando ele apareceu num dos vídeos dos Pantera na RTP1.

Descanse em paz, Dime!


A Tragédia

O guitarrista dos Damageplan e Pantera, influente musico pela sua técnica e virtuosismo, foi assassinado na noite de quarta-feira, 8 de Dezembro, em Columbus, no estado norte americano de Ohio. Nos momentos iniciais de uma actuação no clube Alrosa Villa, Dimebag Darrell Abbott foi surpreendido por vários tiros disparados á queima-roupa por Nathan Gale, um residente local de 25 anos. O assassino veria a ser abatido pelas forças locais, não sem antes tirar a vida a outras três pessoas e ferir mais duas. Ao contrário do que fora inicialmente ventilado, todos os outros três elementos do Damageplan saíram ilesos do incidente. Desconhecem-se no entanto as razões do insensato acto, sendo que Gale entrou no recinto através de uma de uma alta vedação não tendo passado por barreiras de segurança. Só quando o agente James D. Niggemeyer abateu o agressor, o pesadelo acabou. Jeff “Mayhem” Thompson, o segurança da banda de 40 anos, Erin Halk um empregado da sala de 29 e Nathan Bray, um assistente de 23, foram as outras vitimas mortais do incidente. A 14 de Dezembro ocorria em Arlington, no Texas, o funeral de Dimebag, sepultado num Kiss Kasket. Amigos como Eddie Van Halen, Zakk Wylde, Dino Cazares e elementos dos Slipknot compareceram na cerimónia que inclui uma despedida musical: Patrick Lachman, vocalista dos Damageplan, interpretou com Jerry Cantrell e Mike Inez os temas “Brother” e “Got Me Wrong” dos Alice In Chains. Quem foi “barrado” do funeral foi Phil Anselmo. Companheiro de Darell durante anos nos Pantera, Anselmo viajou até ao Texas para um ultimo adeus ao guitarrista mas a família do mesmo fez-lhe saber que não seria bem vindo ao evento. Fresca ainda estava a entrevista publicada na edição de Dezembro da revista britânica Metal Hammer em que, a certa altura, o vocalista refere que Dimebag “merece ser severamente agredido”. A verdade é que Phil Anselmo parece ter sofrido como poucos esta perda e as suas palavras não deixaram duvidas. Tudo que leva a crer que Nathan Gale era um fã obcecado pelos Pantera e não terá lidado bem com o fim do grupo. Mary Clark, sua mãe, veio a declarar que o filho sofria de uma doença mental, tendo lhe sido diagnosticado em 2003 uma paranóia esquizofrénica. Dai ter sido destituído do corpo americano dos Marines onde esteve ano e meio. Envolvido com drogas e “temperamento inconstante” também não são estranhos á sua personalidade, como pessoas próximas dele referiram. Perde-se assim um dos músicos mais carismáticos do seu tempo e a fazer o que mais gostava- a tocar guitarra. Certamente ninguém sentiu esta morte do que Vinnie Paul, baterista dos Pantera e Damageplan, que se despediu do seu irmão com estas palavras: “Ainda que com enorme grandiosidade a tocar guitarra, o Dime vai ser mais lembrado pela sua generosidade, carisma, carinho e amor pelos outros. A mais cintilante estrela do Texas brilha nesta noite”.


o rapaz prodigio com apenas 16 anos... http://youtube.com/watch?v=TbruCgUpq70


Discografia Pantera

1983: Metal Magic

1984: Projects in the Jungle

1985: I Am the Night

1988: Power Metal

1990: Cowboys from Hell

1992: Vulgar Display of Power

1994: Far Beyond Driven (Platinum)

1996: The Great Southern Trendkill

1997: Official Live: 101 Proof

2000: Reinventing the Steel


Damageplan

Devastation Sampler (EP)

New Found Power


Rebel Meets Rebel

Rebel Meets Rebel

Monday, June 4, 2007

Iron Maiden- A MATTER OF LIFE AND DEATH

Grandes Iron Maiden! A volta foi surpreendente com a dama de metal a mostrarem mais uma vez que têm garra e que Eddie está de volta para aterrorizar os corações dos mais fracos. Apesar de a fórmula ser a mesma desde a metade da década 90 os Maiden são donos de um estilo único e inconfundível e outra das grandes proezas é que três guitarras em simultâneo funcionem perfeitamente bem, algo que raramente resulta bem noutras bandas, a formação é a mesma desde o grande e já clássico álbum Brave New World (2000) e Steve Harris, lider e baixista do grupo consegue entreter-nos e impressionar-nos sempre com algo diferente. Talvez Matther Of Life And Death seja o mais progressivo e longo de todos os originais da banda mas não é o ‘mais chato’ aliás consegue muito bem agarrá-lo ao som delicioso e único. O álbum abre com Different World muito orientada para o hard rock dos seventies, um pouco de Thin Lizzy ou Black Sabbath mas ainda mais pesado. É o básico da discografia dos Maiden abrirem sempre com faixas roqueiras para relaxar e apreciar. Dava um belo single. These Colours Don’t Run tem como tema a guerra fria, a faixa abre com o excelente solo melódico de Dave Murray. Brighter Than A Thousand Suns é impressionante e a isso deve-se muito ao grande vocalista, o senhor Bruce Dickinson. Ele abusou muito nas vocais com ecos e sabe-se lá mais o quê. The Pilgrim é excelente (aliás aqui tudo é excelente) o recurso das vocais dobradas foi muito bem usado (tom médio e alto), o destaque vai também para Nicko Mccbrain, pode ser já velho mas ainda sabe dar porrada na bateria e também mostra que tem técnica e truques na manga. The Longest Day muito bem detalhada, épica e excelente trabalho nas linhas do baixo e guitarra. É um marco para o Maiden mais progressivo. O tom grave de Dickinson no intro é uma surpresa e atmosfera musical é aterradora, Mccbrain cria trovões com a sua bateria e os refrães em plenos pulmões são admiráveis Out Of The Shaddows, uma das faixas curtas, muito progressivo e adiciona-se também os violões e já para não se esquecer o solo fenomenal de Adrian Smith (na minha opinião o melhor solista da banda). The Reincarnation Of Benjamin Breeg é uma excelente faixa bem roqueira, de certeza que já houve gente que ouvi-a no Top + ou no VH1, pois foi lançado em single e é uma das minhas favoritas. Apesar de não ter um formato mais comercial feito para ser single este está entre os clássicos que merece entrar para um dos Best Of da dama de ferro. Agora se quem é Benjamin Breeg isso ainda é um mistério. For The greater Good Of God é uma critica que fala sobre individuos que usam o nome de Deus para os seus próprios fins. A sensação que tive ao ouvi-la foi a de ficar impressionado com o que esse pessoal podia fazer ao vivo no estudio sem recorrer a essas tretas digitais ou truques de estúdio, a técnica é benevolente e são mestres da arte de fazer a musica mais ao natural usando os seus próprios recursos. Lord Of Light tem influencias do Factor X, Adrian mais uma vez faz um óptimo trabalho na guitarra introduzindo solos extenuantes mas não deixa de ser a melhor faixa do álbum, embora que seja agrdável ouvi-la. Por fim temos o épico e mais progressiva faixa de todas nesta já obra-prima: The Legacy. Já considerado a faixa favorita neste álbum pelos fãs da banda e de facto não é para menos. Se ouvirem sabem do que estou a falar. O ambiente alterna-se entre balada, peso e riffs unicos, uma Bohemian Rhapsody á maneira dos Maiden. Longa e muito técnica as vocais de Dickinson são excelentes, de certeza uma faixa muito trabalhada e cuidada. A Matter Of Life And Death é um excelente álbum, ainda mais ao estilo do líder da banda, Steve Harris (como ele disse que as suas influencias são do rock progressivo tipo Pink Floyd ou Yes), do que da banda. Apesar de continuar a preferir o The Dance Of Death, dos trens da nova formação este registo dos originais já é um marco histórico da banda e isso deve-se ao excelente profissionalismo da banda no estúdio. Os Iron Maiden serão sempre a minha banda favorita no panorama heavy metal e eles são os mais sinceros possíveis enquanto vemos os Metallica mais comerciais do que nunca e recorrem a cada estupidez como psicológicos ou sabe-se lá mais o quê os Iron Maiden mantém o emblema metaleiro.

Sex Pistols- Never Mind the Bollocks Here's the Sex Pistols

Os Sex Pistols não foram exactamente como tantas outras bandas que adquiriram vontade de montar uma banda mas sim uma questão de marketing por culpa de Malcolm McLarem, um pequeno empresário burguês londrino que no início da década de 70 que possuía uma loja de roupas e acessórios de couro chamada Sex. Para montar os Sex Pistols, chamou os clientes habituais da sua loja, Glenn Matlock (baixista), Steve Jones (guitarrista), Paul Cook (baterista). Nenhum deles eram músicos profissionais ou mesmo músico inspirado (apenas Cook e Jones já tinham participado numa banda chamada The Strand), mas tocavam mais do que suficiente para levar adiante o projecto de Malcolm. Para vocalista da banda foi escolhido John Lydon (que entraria para a história como Johnny Rotten, algo semelhante a Joãozinho Podre, em virtude dos seus dentes estragados). Conta a lenda que Lydon foi imediatamente integrado na banda ao entrar na loja de Malcom usando uma camisa com a seguinte frase:"I Hate Pink Floyd" e dispôs-se a fazer um teste acompanhando por uma jukebox. Ao principio não tinham atraído a atenção do publico mas pouco a pouco conquistaram fãs fiéis e influenciaram algumas bandas de renome do punk inglês como os The Clash ou Siouxie and The Banshees. Muitos pensam que o Punk foi inventado pelos Sex Pistols mas muito pelo contrário. O punk já existia desde a metade da década 60 com os The Who (carreira inicial), The Troogs ou The Stooges. O primeiro single a ser lançado foi o polémico e clássico ‘Anarchy In The UK’ com os famosos versos «...I Am na Antichrist, I Am na Anarchist...» e foi um sucesso imediato nos finais do ano de 1976. Pela primeira vez havia uma banda que tinha coragem de confrontar o governo inglês em publico e a banda rapidamente tornou-se símbolo da insatisfação social e da anti- opressão. Em 1977, já com Sid Vicious no baixo (substituiu Matlock, a razão deste sair foi por certa discordância a nível político) e assinaram com a editora A&M e a Rainha de Inglaterra recebeu como presente por 25 anos de coroação o famoso ‘God Save The Queen’ que chegou a nº 1 nos tops britânicos. A banda foi posta na rua novamente pela A&M e depois assinaram contracto com a Virgin Records. A razão desse acto por parte da editora foi não aguentar a responsabilidade de aguentar uma banda tão perigosa como aquela. E assim gravaram e lançaram o único álbum o Never Mind The Bollocks Here’s The Sex Pistols. O empresário pressentiu e acertou que a banda ia dar mais lucro do que propriamente brincadeira. Recuso-me descrever faixa por faixa porque falar do álbum totalmente conspícuo pela sociedade punk (ainda nos dias de hoje) é o sinónimo de punk básico e a famosa frase ‘’do it yourself’’ com letras provocadoras, emblema da depressão social e do pensamento cismático. A produção em si encontra-se caótica mas é arrastada por uma identidade única e na minha cabal opinião posso dizer que para quem se associa mais ao punk é um álbum que vale a pena ouvir, ranger e enlouquecer. Influenciou em território americano os Green Day e Offspring que queriam reviver uma época já morta. Steve Jones, na guitarra, toca ao máximo estando nas tintas para com o resto, Rotten (que depois deixaria a banda para dedicar-se ao projecto mais sério e complexo, os Public Image Limited que não tinham nada de punk) despeja toda a sua saliva com ‘’Fuck this and fuck that’’ e o resto dispõe-se a seguir o rumo como uma banda de rock in roll deveria ser. Depois deste álbum clássico a formula encontra-se desgastada e os Sex Pistols seriam animais extintos, prisioneiros da ambição de um empresário que á custa deles enriqueceu. Chocante, provocante, sufocante, o Never Mind The Bollocks Here’s The Sex Pistols foi um espirito inquieto que enterrou no momento certo e no lugar certo e abriu novos horizontes á sociedade fomentada por algo novo e talvez quem sabe, algo bisonho e básico. Essencial para fãs coleccionadores da história do rock in roll.


1. Holidays in the Sun 2. Bodies 3. No Feelings 4. Liar 5. Problems 6. God Save the Queen 7. Seventeen 8. Anarchy in the U.K. 9. Submission 10. Pretty Vacant 11. New York 12. E.M.I. tempo total: 38min

Quem ficou para trás? (Parte II)


Trapeze- Meduza
Um bom álbum de soul hard rock e funk (culpa do genial Glenn Hughes) a banda Trapeze abrigou grandes talentos que depois Juntam-se a grandes grupos do rock in roll (Deep Purple, Black Sabbath e Judas Priest). Blues/rock como em Black Cloud e Your Love Is Alright ou baladas como Touch My Life faz este álbum entregar-se ao rótulo de um dos melhores do classic rock e vale mesmo a pena ouvir até porque a sonoridade continua actual. Se gosta dos Bad Company também gosta deste.





Mountain- Climbing! (1970)
Felix Pappalardi (productor genial dos Cream) e o blues man Leslie West consolidam-se com este álbum (o melhor da banda) de blues rock pesadão e com faixas esperimentais (musica flamenga está presente em duas faixas) e a mais conhecida do álbum nada mais do que Mississipi Queen que rapidamente se adaptou ás rádios fm rock e talvez a melhor do álbum. Um trio poderoso e influente trouxe uma obra prima que não merece ser desprezada por um fã de rock seventies. é o unico álbum que fez sucesso na terra natal colocando-se modestamente no 17º na Billboard.



Montrose- Montrose (1972)
Não podemos ignorar que a década 70 produziu excelentes álbums de hard rock e este é o exemplo perfeito a que me refiro. Com Montrose trouxe-nos o jovem Sammy Hagar (futuro vocalista dos Van Halen depois da saida de David Lee Roth). Rock the Nation e Good Rockin' Tonight são óptimas faixas que dariam para conectar-se e simpatizar-se ás rádios fm rock (então naquela altura estavam na moda) mas infelizmente uma banda boa como esta permaneceu-se um pouco despercebida apesar de um sucesso modesto. O furioso Bad Motor Scooter e o comercial Space Station #5 ou até mesmo o inflamável Rock Candy são donos de um certo feeling "cool" e puro rock in roll de óptima qualidade. Obrigatório em qualquer colecção de hard rock seventies.


Vanilla Fudge- Vanilla Fudge (1967)
O primeiro da banda rapidamente testemunhava o caminho que a banda pretendia seguir com muito experimentalismo e faixas consistentes com boas melodias e claro que não podia faltar o rock pesado. You Keep Me Hanging On é o que melhor se ouve na bateria poderoso . She's Not There tem um lindo solo de órgão e Bang Bang que gerou polémica sobre de quem é realmente esta faixa da banda ou Sonny Bono (ex-marido de Cher) mas enfim....Ticket to Ride, Eleanor Rigby e People Get Ready são autenticas porradas sonoras com peso como fermento para fazer crescer a sede que há em si de ouvir e ouvir por mais anos este clássico. Psicadélico também está patente aqui.



Faces- Long Player (1971)
Sim, como o nome indica, provém da banda dos sixties The Small Faces mas agora renovada. Um novato o Rod Stewart (acabara de sair do The Jeff Beck Group que na minha opinião fez um bom trabalho) e Ron Wood que mais tarde entrará nos Rolling Stones permanecendo ai até hoje são as grandes surpresas. Maybe I'm Amazed, ainda melhor que a versão de Paul McCartney um óptimo registo de como a banda era boa na área do pop. Tell Everyone e Richmond (ambas na voz de Ronnie Lane) são baladas sublimes. Há também blues ferozes em Had Me a Real Good Time e Bad 'N' Ruin. A guitarra saturada de Ron Wood e a voz sublime de Rod Stewart 8nada a ver com a musica comercial que fez nos finais da década 70 até hoje) dão dinamica e conceito a esta banda simpática que nos dias de hoje caiu no desconhecido como muitas outras.

Quem ficou para trás? (Parte I)

A razão deste post é um tributo da minha parte ás bandas que ficaram no anonimato mas que eram donos de uma excelente qualidade e que tinham muito a mostrar mas infelizmente gente ignorante (media e etc...) ou o tempo não os deixou.

Dust- Hard Attack (1972)
Dust é um dos power-trios que cairam no esquecimento, mas que conseguiram uma qualidade inquestionável e competencia numa curta carreira (2 anos!). Ao contrário das outras bandas power-trios, os Dust ficaram mais pelas letras elaboradas, solos magistrais e arranjos mais progressivos, mas sem nunca perderem peso. Um álbum que vale a pena ser ouvido, só acho pena não ter sido masterizado, portanto a unica hipótese só mesmo sacar na net. Vale a pena dar atenção á belissima capa do álbum . Para curiosidade, Marc Bell (bateria) virou para uma nova onda, o punk juntando-se aos Ramones sob o nome de Marky Ramone.





Grand Funk- We Are An American Band (1973)
Felizmente esta pérola ainda hoje situa-se no mercado da musica, e de facto não podemos ignorar que os Grand Funk eram os preferidos dos americanos na cena do hard rock, este álbum marcou uma nova sonoridade, mais comercial e acessivel com mais um novo elemento (virou um quartecto), é com orgulho que apresento um dos melhores álbums da década 70. Baladas irresistiveis (os Aerosmith roubaram essa fórmula!!!), hard rock funkeado e muito mais que até mesmo quem não gosta de hard rock não consegue resistir a esse som delicioso e moderno (para aquele tempo).

Blue Cheer - Vincebus Eruptum (1968)

















Lançado em 1968 não teve o sucesso desejado internacionalmente, mas na terra natal vendeu bem entrando no top 20 com o pesadão single Summertime Blues (versão de Eddie Cohran), ainda hoje fartamente passado no VH1. Apesar desse pequeno sucesso eles cairam imediatamente nio esquecimento apesar de bons álbums depois deste. São talvez os verdadeiros pais do metal, inovaram sem medo nem rótulos, deu-nos riffs espectaculares e um baixo vocifero. Rock ácido com blues, a sua marca sonora fá-los recordar ainda para a próxima geração. É pena em Portugal não haver nada deles.

James Gang- James Gang Rides Again (1970)


















Esse álbum só deu nas vistas graças ao rapaz prodigio Joe Walsh (The Eagles), um guitarrista técnico e preciso que deu-nos faixas espectaculares como Take A Look Around em que Pete Townshend (The Who), chegou a copiar uns riffs. Quando o ouvi fiquei simplesmente petrificado com este som porreiro e relaxado. Thirds é outro álbum que também merece uma olhadela (ou ouvidela neste caso). Com Tommy Bolin a substituir Walsh a banda ficou mais pesada mas sempre vigorosa.
Budgie- Never Turn Your Back On A Friend (1973)






Infelizmente os Budgie não tiveram a mesma sorte que os seus contemporâneos (Black Sabbath, Led Zeppelin ou Uriah Heep) mas Never Turn Your Back On A Friend é uma obra prima que merece ser revistada desde a primeira faixa até á ultima e é com orgulho que tenho em minhas mãos esta reliquia. Mais tarde os Metallica iriam buscar um pouco da fórmula desta banda e também coverizar a aparatosa e unica, Breadfan, que merce prefigurar entre uma das melhores do hard rock seventies. irresistivel pelos riffs de guitarra inovadores e pela voz aguda e bela de Burke Shelley, também ele baixista e pela sua melodia unica. Mais uma vez é algo raro de encontrar no mercado.

Jorge Palma

Quero dedicar este espaço ao que considero o meu favorito musico português....o senhor de grandes melodias e de grandes letras, pode-se dizer que é o nosso Bob Dylan português.

Jorge Palma Jorge Palma nasceu a 4 de Junho de 1950, em Lisboa. Em 1956 iniciou os seus estudos musicais, em piano, tendo prestado a sua primeira audição no Conservatório de Lisboa com apenas 8 anos. Em 1963 recebeu o 2.º prémio e Menção Honrosa no Concurso Internacional das Juventudes Musicais, realizado em Palma de Maiorca (Espanha). Em 1964 deu-se a viragem ao nível das suas preferências e práticas musicais, dedidando-se às sonoridades pop-rock em detrimento da música clássica. Acompanhado da sua guitarra rumou ao Algarve em 1967 onde pretendeu alcançar a autonomia como músico. Aí integrou a banda Black Boys ainda que esta experiência se tenha revelado fugaz. Em 1969 fez parte dos Sindikato, grupo de hard-rock, ao mesmo tempo que estudava na Faculdade de Ciências de Lisboa. Com a inclusão de uma secção de metais, o grupo trilha o seu caminho pelo jazz-rock, acabando por participar na 1.ª edição do Festival de Vilar de Mouros, em 1971. A actuação neste festival e a convivência com outros músicos, estimularam-no à escrita musical e à composição dos primeiros temas com letras em inglês. Com os Sindikato chegou mesmo a editar um single e um álbum de versões. A estreia a solo, no formato de 45 rotações por minuto, deu-se em 1972 com "The Nine Billion Names of God". Nesse mesmo ano realizou a sua primeira viagem transcontinental, que o levou aos Estados Unidos da América, ao Canadá e às Caraíbas. O seu primeiro single em português foi editado em 1973, intitulado "A Última Canção", na sequência de um trabalho de aprendizagem com o escritor José Carlos Ary dos Santos. Seguiu-se nova viagem aos Estados Unidos da América e os primeiros convites para compor e orquestrar temas de outros intépretes. A solicitação para o cumprimento do serviço militar forçou a sua saída de Portugal, agora na qualidade de exilado na Dinamarca e sacrificando o curso de Engenharia. Após a revolução de 25 de Abril de 1974 regressou a Portugal, com uma breve passagem por Itália. Em 1975 lançou o seu primeiro album, Com Uma Viagem na Palma da Mão, que incluiu temas como "Poema Flipão" ou "Velho no Jardim". Nesse mesmo ano viu intensificar-se a requisição dos seus méritos de orquestrador (nesta condição chegou a trabalhar com Amália), compositor e letrista, incluindo a participação no primeiro Festival RTP da Canção do pós-25 de Abril, em colaboração com Pedro Osório e Nuno Nazareth Fernandes. O ano de 1977 viu sair o seu segundo longa-duração, Té Já, no qual participaram nomes como Júlio Pereira, Rão Kyao, Guilherme Inês, entre outros. Marcado pelo jazz e blues, deste trabalho fizeram parte temas como "Bairro do Amor", "Podem Falar" e "Eu Sei Lá". Seguiram-se viagens ao Brasil e a Espanha, onde tocou nas ruas de diversas cidades. O final da década foi dedicado aos bares, esplanadas e Metro de Paris, onde tocou Bob Dylan, Leonard Cohen e Paul Simon, entre outros. De regresso a Portugal, em 1979, gravou Qualquer Coisa Pá Música, terceiro álbum de originais que incluiu "Maçã de Junho" e "Quero o Meu Dinheiro de Volta". Após nova permanência em França (2 anos), editou Acto Contínuo, um duplo-álbum do qual fizeram parte os clássicos "Portugal, Portugal" e "Picado Pelas Abelhas". Em 1983 viu nascer o seu primeiro filho, de nome Vicente, a quem dedicou o tema "Castor", incluído em Asas e Penas (1984). Deste trabalho fez ainda parte o tema "Estrela do Mar". O ano de 1985 marcou a edição de um dos seus mais bem sucedidos álbuns de sempre - O Lado Errado da Noite. Distinguido com vários prémios da imprensa portuguesa, este trabalho incluiu os clássicos "Deixa-me Rir" (este fez parte da telenovela portuguesa Palavras Cruzadas), "O Lado Errado da Noite" e "Jeremias, O Fora-da-Lei" e foi pretexto para uma grande digressão pelo continente e ilhas que culminou na sua primeira grande apresentação ao vivo em Lisboa, no palco da Aula Magna. Em 1986 finalizou o Curso Geral de Piano e gravou Quarto Minguante, o seu sétimo álbum. Foram necessários três anos até à edição de novo trabalho, desta feita Bairro do Amor, considerado pela crítica um dos álbuns do século da música portuguesa. Deste trabalho fizeram parte "Dá-me Lume", "Frágil" e uma nova versão do tema-título. Durante a década de 90, Jorge Palma não editou qualquer álbum de originais, mas a sua actividade musical conheceu novos desafios. Em 1990 concluiu o Curso Superior de Piano do Conservatório de Lisboa e no ano seguinte editou Só, álbum intimista em que revisitou temas antigos. Em 1992 formou o projecto rock Palma's Gang, juntamente com Kalu e Zé Pedro, dos Xutos & Pontapés, Flak e Alex, dos Rádio Macau. Em 1993 o grupo editou o registo Palma's Gang: Ao Vivo no Johnny Guitar, que percorreu mais uma vez a carreira de Jorge Palma, agora dentro da sonoridade rock que as guitarras eléctricas imprimem. O ano de 1994 ficou marcado por uma série de concertos em Portugal, quer a solo, quer com o Palma's Gang, sendo de destacar os concertos do S. Luiz, em Lisboa, a 4 e 5 de Novembro. Após o nascimento do seu segundo filho, Francisco, surgiu o convite, em 1996, para integrar os Rio Grande, ao lado de Rui Veloso, Vitorino, Tim e João Gil, projecto de cariz marcadamente popular cujo álbum de apresentação se revelou um enorme sucesso comercial. Nesse mesmo ano participou no espectáculo Filhos de Rimbaud em colaboração com Sérgio Godinho, João Peste, Rui Reininho e Al Berto, e musicou poemas de Regina Guimarães para Lux in Tenebris, peça da juventude de Brecht levada à cena pela Companhia de Teatro de Braga. Participou ainda no álbum As Canções de João Lóio, e viu o seu tema "Frágil" ser recriado por André Sardet no seu álbum de estreia Imagens. Em 1996, foi editada a compilação Deixa-me Rir, que contemplou alguns temas dos álbuns Asas e Penas, Lado Errado da Noite e Quarto Minguante. O ano de 1997 foi marcado pelo lançamento do segundo álbum dos Rio Grande, Dia de Concerto, desta feita um álbum ao vivo (resultante de um duplo concerto dado no Coliseu dos Recreios), no qual foi incluído um tema até aí inédito de Jorge Palma - "Quem És Tu De Novo". Jorge Palma participou em vários concertos na Expo'98, entre os quais o Concerto de Solidariedade para com a Guiné-Bissau, e a participação, como convidado, no espectáculo de Amélia Muge, englobado num projecto inédito, E as vozes embarcam, que juntou os dois cantores e o grupo búlgaro Pirin Folk Ensemble. Ainda em 1998 foi director musical do espectáculo Aos Que Nasceram Depois de Nós, que percorreu todo o país, numa co-produção dos Artistas Unidos e da Companhia de Teatro de Braga, baseado em textos de Bertold Brecht, musicados por Kurt Weill, Hans Eisler, pelo próprio Brecht e, no tema "Do Pobre B.B.", por Jorge Palma. Do elenco deste espectáculo, para além de Jorge Palma, fez também parte a actriz Lia Gama, entre muitos outros. Em 1999 participou no álbum de tributo aos Xutos & Pontapés, XX Anos XX Bandas, tendo interpretado, acompanhado pela guitarra de Flak, o tema "Nesta Cidade", com letra de João Gentil (um poeta de Lisboa, que acompanhava Jorge Palma, quando este tocava na rua). Participou ainda no álbum Tatuagem, de Mafalda Veiga, num dueto - "Tatuagens" - que veio a ser o single de apresentação do álbum. A sua actividade musical ao longo da década estendeu-se a trabalhos de vários artistas e grupos como por exemplo Censurados, Né Ladeiras, Xutos & Pontapés, Paulo Gonzo, entre outros. Foi ainda letrista, compositor e músico nos álbuns Espanta Espíritos e Voz e Guitarra, trabalhos em que participaram vários nomes da música portuguesa. Em 2001 editou novo álbum de originais intitulado Jorge Palma e não Proibido Fumar como muitos pensam. Em Agosto de 2004, JP entrou para estúdio de Mário Barreiros, no Porto, para gravar o seu mais recente álbum de originais, que contou com participações especiais de muitos músicos portugueses com quem JP ainda não tinha trabalhado até então. O disco teve por título Norte. Diciclopédia© 2002 Porto Editora, Lda. e Van Wilde nas ultimas linhas


Discografia: Com Uma Viagem na Palma da Mão (1975) 'Té Já (1977) Qualquer Coisa Pá Música (1979) Acto Contínuo (1982) Asas e Penas (1984) O Lado Errado da Noite (1985) Quarto Minguante (1986) Bairro do Amor (1989) Jorge Palma (2001) Vinte e Cinco Razões de Esperança (c/ Ilda Fèteira) (2004) Norte (2004)


Ao Vivo: Só Palma's Gang - Ao Vivo no Johnny Guitar No Tempo dos Assassinos



Foreigner- Double Vision

Depois do estrondoso sucesso com o multi platinado ‘Foreigner’ a banda volta com a mesma garra e com um som pop/hard rock da fórmula ROA (rock orientado para álbum) e repete o mesmo sucesso consecutivo e não será o ultimo. O álbum abre com o hard rock Hot Blooded, que chegou a nº 3 na Billboard, uma faixa inesquecível com um ritmo implacável. Blue Morning, Blue Day segue a linha mais pop com um refrão suave e embalado que faz contentar as mentes mais pop, chegou a nº 15 na Billboard. You’re All I Am é uma balada calma e Lou Gramm encontra-se nos seus grandes momentos. Mick Jones encontra-se no auge com riff’s espectaculares como em Back Where You Belong com sintetizaores arrasadores de Ian Mcdonald, um blues/pop. Se gosta de funk/hard rock pode contentar-se com Love Has Taken Its Toll, é pena não ser lançado em single e tem mesmo a cara dos Deep Purple na fase Coverdale/Hughes. Double Vision, chegou a nº 2 na Billboard, composta depois de verem o guarda redes da equipa de hóquei New York Rangers, a ser derrubado nas finais da Taça Stanley, é uma faixa hard rock com o refrão pop e hipnotizante e o piano bem trabalhado. Tramontane é um instrumental bem experimental e evidencia raízes inspiradas pelo flamengo com uma marcha ténue entre o pop visceral e acústicas delirantes. I Have Waited So Long é talvez a melhor balada do álbum e não é para menos: Lou Gram canta bem como nunca se viu, uma voz bem enfática, está de parabéns. Lonely Children é um boogie poderoso e contagia mesmo pelo baixo/guitarra contornando entre a linha da velocidade sem limites. Spellbinder é um testemunho de lamentos e amor que segue a linha baladeira e roqueira e é sem duvida uma faixa digna de fechar este clássico. O material encontra-se mais diversificado do que pode imaginar. Os Foreigner são a segunda banda que mais vendeu internacionalmente a seguir aos Led Zeppelin do selo Atlantic, e é pena que cá em Portugal a banda não tenha a mesma recepção porque eles são mesmo bons naquilo que fazem e há boas canções que agradariam ás rádios nacionais. Os Foreigner confirmaram-se sob o estatuto de uma das bandas mais bem sucedidas nas décadas 70 e 80 apesar de ainda não terem impacto significativo no outro lado do Atlântico. O trabalho conseguiu a 3ª posição na tabela de álbuns nos EUA, mas mal conseguiu entrar para o Top 40 no RU o que é pena pois os Foreigner eram um dos supergrupos mais promissoras da altura. Assinalou também a partida do baixista Ed Gagliardi, substituido pelo ex-membro dos Roxy Music, Rick Wills, um amigo de infância de David Gilmour, dos Pink Floyd. Um dos melhores álbuns da década 70 e se gosta de conduzir com musica então escolha este.

1. Hot Blooded 2. Blue Morning, Blue Day 3. You're All I Am 4. Back Where You Belong 5. Love Has Taken Its Toll 6. Double Vision 7. Tramontane 8. I Have Waited So Long 9. Lonely Children 10. Spellbinder

lançado em janeiro dia 1 de 1978

GNR- Rock In Rio Douro

Os GNR são um dos casos raros que ainda se mantém vivo depois do boom do rock português. E não é qualquer banda nacional que consegue ser o único grupo português a fazer concertos de estádio (Alvalade e Antas). Apesar dos excelentes trabalhos anteriores é com Rock In Rio Douro que se dá a explosão pública dos GNR. O disco será platina em poucas semanas, vendendo 160 mil cópias, o que valeu á banda reconhecimento total. A primeira faixa, Sangue Oculto, é um tema muito pop, e talvez o melhor do álbum. A voz de Rui Reinhinho está sublime. Letra inteligente, cantada em espanhol/português e tem como convidado na voz/dueto Javier Abreu. Quando Telephone Pecca, mais orientado para o rock mas ainda tem aquela veia pop. Na minha opinião Pronúncia Do Norte é a melhor balada do álbum. Traz mais um convidado, desta vez é Isabel Silvestre em dueto com Rui Reininho. É um tema inteligentemente estruturado com marca de perfeição musical. Acorda é um tema roqueiro e estilo “cool” sem restrições. Um simples tema dificil de detestar. Anna Lee começa com um acústico e tem um refrão curioso, desvairado intencionalmente. Um minuto depois acontece o estado pop. É um vulcão em convulsão com sabor a melodia pop. Sub 16 é um tema que retracta a adolescência e as mudanças culturais, onde normalmente encontramos uma moda para seguir. Rui Reininho brilha na voz em falsettos no refrão. Que Importa? é mais um tema que não demostra falhas. A balada mais calma do álbum no piano o que enriqueça ainda mais a musica. Homem Mau é uma cover (sim, dos Free de Paul Rodgers e Andy Fraser) e a mais pesada do álbum. Riffs borbulhentos de Zéze Garcia e bateria pesada. Não tem nada que saber, é hard rock puro com um refrão difícil de esquecer. Toxicidade, tema político é mais um que não desiludirá ninguém. Pop/rock na perfeição. Sangue Oculto II, diferente do primeiro tema, é cantado só em português continua com o lado pop (mas ainda mais excedido). Um tema que fecha dignamente o álbum. É Um álbum que dificilmente esquecerá.

Rui Reininho- voz Jorge Romão- baixo Zéze Garcia- guitarra Toli César Machado- bateria

Dire Straits- Brothers in Arms

Meus caros o que aqui temos é uma obra prima que para quem desconhece-a precisa urgentemente de explorar esta jóia que ficou imune ao esquecimento com o tempo. Desde o inicio que Mark Knopler tentava arquitectar a sua obra prima absoluta e conseguiu-o. Brothers In Arms foi o álbum mais vendido no Reino Unido no ano de 1985 e nos EUA também fez sucesso. Foi responsável pelo primeiro e único single a chegar a nº 1 nos EUA com Money For Nothing. O álbum abre com o muito pop So Far Away, ainda hoje passa nas rádios nacionais frequentemente. A letra fala sobre frustrações e distúrbios de um homem que trabalha e vive na cidade, longe do seu lar. Money For Nothing é a indumentária da busca de um pop/rock perfeito com riffs ordenados e refrães embatidos no ouvido do mortal comum. Apesar de alguma polémica devido á letra, foi um sucesso instantâneo. Sabe-se que a introdução “I Want My MTV” é da autoria de Sting (esse mesmo) quando fez uma pequena visita a Montserrat. Ganhou um Grammy pelo “Best Rock Performance by a Duo or Group”. É obvio que esta pérola tem clássico atrás de clássico o que torna ainda mais estimulante ouvir e apreciar sem restrições. Walk Of Life é um rock in roll á 50’s. com ritmo simples e directo ainda faz referencias a velhos clássicos (“Be Bop A Lula” e “What I’d Say”). A minha favorita faixa. Your Latest Trick é embelezada pelo excelente trabalho de Michael Brecker no saxofone. Convoca o ambiente jazz e melodramático. Simplesmente sublime. Why Worry exemplifica a esperança de um ser humano perante a realidade com um excelente trabalho do órgão e um fim épico. Prepara-se a batalha com Ride Across The River. Uma introdução bem trabalhada, um tema de forte cariz político. Uma balada completamente diferente do que Mark estava acostumado a fazer. A seguinte faixa é arrebatadora e épica. The Man’s Too Strong com uma acústica sublima e um ambiente vociferado pela fúria eminente que assistimos repentinamente. Majestoso é a única palavra que encontro. A fúria de Mark nunca foi tão bem transmitida como aqui. Após esta tribulação toda a banda decide descansar e tocar um blues descontraído com One World com o excelente solo de guitarra em slide. Por fim deparamos com o Brothers In Arms, o primeiro cd-single comercializado com uma prensagem de apenas 400 cópias, o que obviamente tornou-se num artigo de colecção procurado. A letra e os arranjos estão sumptuosamente bem estruturados, a tragédia que sublinha o pensamento reflexivo da esperança e ódio. Absolutamente uma obra prima como todo o resto. O álbum foi pioneiro na produção digital, sendo o primeiro CD a vender mais de um milhão de cópias. O segundo lado(as ultimas quatro faixas) é uma reflexão sobre as guerrilhas em El Salvador e Nicarágua. Os músicos podem vangloriarem-se com razão por serem músicos hábeis e executantes talentosos ao vivo depois deste magnifico trabalho que construíram e ainda mantém-se intemporal vendendo como pão.




"So Far Away" – 5:12 "Money for Nothing" (Knopfler, Sting) – 8:26 "Walk of Life" – 4:12 "Your Latest Trick" – 6:33 "Why Worry" – 8:31 "Ride Across the River" – 6:58 "The Man's Too Strong" – 4:40 "One World" – 3:40 "Brothers in Arms" – 6:55 #Todas as faixas foram escritas por Mark Knopler ´

Friday, June 1, 2007

O melhor Dos AC/DC

Os AC/DC são donos de um estilo único que mais ninguém ousa imitar. Uns dizem que são hard rock e outros dizem que são heavy metal mas eles encaixam na definição que melhor caracteriza a banda: rock in roll. a banda também tornou-se unica devido ao "rapaz da escola" endiabrado nos palcos e Bon Scott, o motorista da banda que um ano depois deu voz á banda,tom de gárgula e de pose machista nos palcos seria dificil esquecê-lo. Brian Johnson que substituiu o seu ancessor é lembrado pela sua boina. O que aqui apresento na segunda parte são os álbuns fundamentais do rock in roll de boa qualidade. Vamos a isso.


High Voltage
Não restam duvidas que a banda absorveu grandes influencias de Chuck Berry ou Elvis Presley. Mas desde cedo que o desejo de manter uma sonoridade única fez com o publico sentisse atraído por um novo tipo de rock in roll que contagiará o mundo. Apesarem de já terem lançado um Ep a banda ficou conhecida no meio do underground rock devido a High Voltage no Reino Unido a maior banda australiana de rock in roll estava pronto para dominar o mundo! Gravado em apenas 10 dias e lançado na Austrália em Fevereiro de 1975 (internacionalmente foi em 1976) inclui algumas partes de TNT o primeiro álbum da banda que foi lançado unicamente na Austrália. The Jack é uma sensação única de blues em estado groove. Brian Johnson nunca chegará aos calcanhares de Bon Scott.



Let There Be Rock
O segundo álbum apresenta uma faceta mais pesada da banda mas segue ainda a mesma fórmula sem se deixarem cair pela monotonia. A faixa titulo é a melhor do álbum onde apresenta ainda um vídeo com Bon Scott como padre. A letra refere-se ao nascimento de rock da mesma maneira que na bíblia refere-se ao nascimento do mundo. O álbum fecha com dignidade em Whole Lotta Rosie, uma história veridica acerca de Bom Scott em mais uma das suas noites loucas.


Highway To Hell
Considerado por muitos o melhor da banda. É o ultimo e o que vendeu mais no tempo em que Bon Scott era vivo. O titulo é uma sátira á canção Stairway To Heaven dos Led Zeppelin e a banda ganhou fama de satânica graças á capa e ao título. A faixa que abre o álbum é a perfeição de como deve ser um bom rock. Rapidamente tornou-se num hino. Walk All Over You, Touch Too Much (com um intro á la Disco !?) e If You Want Blood (You’ve Got It) são faixas surpreendentes que faz um ouvinte viciar-se ainda mais neste álbum. Night Prowler é uma faixa de cortar a respiração pelos blues calmos e assombrados pela voz única de Bon Scott. Robert John “Mutt” Lange (responsável pelo sucesso comercial de Bryan Adams e Def Leppard) trouxe um som ainda mais acessível e limpo mas sem tirar a identidade da banda. Que saudades do grande Bon Scott!


Back To Black
Não é exagero dizer que é o segundo álbum mais vendido nos anos 80 (em primeiro fica Thriller de Michael Jackson).a banda entrou em ascensão com Highway To Hell mas foi com Back In Black que a fama veio para ficar definitivamente. É raro as vezes em que conseguimos repetir um sucesso ainda maior depois da substituição repentina de um vocalista mas foi o que aconteceu. Comercialmente mais viável e aproximando-se por vez do estilo hínico, Robert John “Mutt” Lange deu continuidade a uma produção forte e acessível. Apesar de Brian Johnson ser um grande vocalista os fãs continuam a preferir o eterno Bon Scott mas empenhou um grande papel na banda devido ao seu grande carisma. Não há más canções isso é certo. Shoot To Thrill melódica tal como deve ser, Hells Bells aterradora pelo intro adicionado com sino que se tornou numa espécie de assinatura da banda e ainda temos os singles que fizeram êxito e talvez os temas mais conhecidos da banda: Back In Black, um rap/hard rock e You Shook Me All Night Long fartamente passada nas rádios. Have A Drink On Me é uma homenagem a Bon Scott e temos ainda a irresistível What Do You Do For Money Honey. Vender 10 milhões de cópias só nos Estados Unidos não é brincadeira para qualquer um!
Dirty Deeds Done Dirt Cheap
As vendas estrondosas de Back In Black suscitaram também o lançamento nos EUA do álbum de 1976, que anteriormente apenas estava disponível na Europa, e sob uma forma diferente, na Austrália. Tecnicamente foi o terceiro álbum da banda. é um típico álbum que ignorava a moda musical e a tendência para a concorrência dos charts, todo o material provém da Era de Bon Scott que ainda deixava saudades. O mesmo álbum que fora recusado pela editora discográfica norte-americana e ficou privado do lançamento nos EUA em 1976 entraria de imediato para a terceira posição na Billboard em 1981. irónico! Inclui composições de alto calibre como a faixa titulo ou Ride On. A banda já tinha criado seguidores fanáticos no Reino Unido mas o publico norte-americano anda não estava preparado, tiveram que esperar cinco anos para ver o álbum chegar ao território norte americano e isso tudo graças a Back In Black!

For Those About To Rock We Salute You
Muitos consideram o principio do declínio de criatividade ou o ultimo grande álbum da banda, mas tirando isso ainda apresenta um clímax de grandes canções com refrães potentes e de certeza que não desapontará um verdadeiro rocker. A faixa titulo é uma das faixas mais incríveis que a banda já criou o que fez nascer um clássico absolutamente obrigatório nos concertos da banda. Let´s Get It Up é outro êxito da banda enquanto C.O.D é a raiva absoluta atirada de fora. Em consonância com o titulo, a capa representava um canhão, e o fogo de canhão que depressa veio a ser um elemento omnipresente nos concertos durante a performance de For Those About To Rock We Salute You.