
Alguns meses após a edição do single "Cavalos de Corrida", os UHF entraram em estúdio para gravarem um dos discos mais marcantes do "boom do rock português". A banda convidou o locutor de rádio Luís Filipe Barros para produzir. O álbum abre com outro clássico da banda, Rua Do Carmo, pop/rpck que encaixa na perfeição. Rapaz Caleidoscópio é um tema surpreendente com um ritmo “funk” e pesado, António Manuel Ribeiro parece um Jim Morrison na sua sublime interpretação. Este é o melhor momento de Zé Carvalho na bateria. Nove E Trinta é um boogie rápido e eficaz, um espirito portuguesa roqueiro. (Anjo) Feiticeiro é uma balada pesada com um som “ás delicias” e um baixo (de Carlos Peres) evocado. Modelo Fotográfico, tema pop/rock com um intro inflamável do baixo e um rock and roll maravilhosamente cantado. Rola Roleta um tema também rock and roll mas sofre influencias da banda inglesa The Jam. Também pode-se chamar rock festivo. O tema provocante Geraldine, dona de uma instrumentalização pseudo progressiva, é um dos melhores deste clássico. O álbum fecha com a balada/rock com influencias blues Ébrios (pela vida). Um tema épico transversal que entra num circulo sem fim. A letra fantasmagórica e genial que realça neste tema é a minha favorita. Escrito pelo frontman da banda, Fernado Ribeiro, retracta nas linhas poéticas um solitário num bar, um boémio sem vida. Este álbum, tal como Ar De Rock (Rui Veloso) e Cerco (Xutos & Pontapés) é um dos marcos importantes do rock nacional que já deixa saudades. Á Flor Da Pele juntamente com 69 Stereo é considerado um dos melhores da banda (na minha opinião). Foi gravado nos Estúdios Valenti De Carvalho em Paço De Arcos entre os dias 16 de Março e 6 de Maio de 1981 sendo lançado no mesmo ano.
01-Rua do Carmo 02-Rapaz caleidoscópio 03-Nove e trinta 04-(Anjo) Feiticeiro 05-Modelo fotográfico 06-Rola roleta 07-Geraldine 08-Ébrios (pela vida)
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