Foi o resultado de intensas jams em estudio, com um custo menor mas que já apresentava uma banda madura e bem ciente do caminho a tomar. Black Sabbath é um álbum fundamental para qualquer coleccionador de rock 70’s elevou a banda ao estatuto de superstar com uma rapidez impressionante chegando ao top 10 no Reino Unido. The Wizard apresenta um impressionante solo desde o inicio até ao fim de gaita-foles, da autoria de Ozzy Osborne. Black Sabbath, a faixa titulo é sinónimo de perturbação e assombro com uma complexa sintonia com o miticismo, a melhor do álbum. Felizmente, na remasterização de 2004 adicionaram a excelente Wicked World que sabe-se lá porquê não foi lançada durante o LP. Todo o resto do álbum também é excelente não existe nem a pior nem a mais ou menos. Tudo encaixa na perfeição.
A banda encontrou a perfeição com Paranoid. O melhor e o mais adorado álbum em toda a discografia. Inclui o mega hit Paranoid que foi a causa de intitular o álbum para chamar ainda mais atenção. Não sei qual é a melhor faixa porque tudo encaixa na perfeição sem falhas. Iron Man é o excepcional diluvio hard rock/metal que conta a história acerca de um homem que tenta salvar o mundo, mas essa mesma pessoa enlouquece e acaba por destruir o mundo. War Pigs é uma faixa anti guerra referindo-se á guerra do Vietname. Nesses tempos vivia-se um clima de grandes experimentações sonoras (como em The Dark Side Of The Moon) o que levou Tommy Iommi (guitarrista) a experimentar instrumentais unicos. E acerca de Planet Caravan? Só posso dizer que não é deste mundo!
A banda vivia casos de paranóia devido ao rótulo de banda satânica que desde cedo recusaram e decidiram através dessas causas chamarem ao terceiro álbum de Master Of Reality. Um direccionamento mais ligado á realidade e relatos sobre os problemas do mundo eleva uma nova faceta da banda que deixa de lado os temas de misticismo. Foi mais uma das razões que fez a banda escolher esse titulo para o álbum. Com a recusa de um single, um som menos comercial e uma capa mais simples é a chamada simplicidade e relaxo que a banda procurava. Children Of The Grave é uma critica ás guerras nucleares. O ouvinte pode ouvir a introdução da tosse de Tommy em Sweat Grave, devido ao fumo de marijuana que surtiu um efeito curioso á musica. Mais uma vez a banda apela á qualidade que transmitem num álbum sem nunca se deixarem repetir-se.
Pela primeira vez a critica especializada reconheceu que a banda não era só “barulho” mas sim autores de melodias únicas e foi o que Vol IV construiu com uma diversificação e perfeição mutua. repletas de passagens sonoras sobrenaturais, mudanças e direcções rítmicas alucinantes e envolventes. Era uma criatividade musical avassaladora. Supernaut assimila uma energia indiscutível, a dedicação á ode de cocaina em Snowblind e a balada comercial Chances. Um álbum genial!

Com a surpreendente abertura da faixa titulo Sabbath Bloody Sabbath a banda promete um álbum com um meio e fim digno de apreciar e reouvir mais do que uma ou dez vezes. Tommy Iommi (fã de Jazz e experimentalismo) decide aperfeiçoar a sua experiência musical com temas excepcionais como Spiral Architect e Who Are You mas também há grandes malhas que traz os velhos tempos como Killing Yourself To Live e National Acrobat. A banda também oferece peso com passagens sinfónicas de cordas em Looking For Today e Sabbra Cadabra o que dá ainda mais um ambiente onírico evocando climas épicos e fantásticos. Definitivamente a critica soube reconhecer que os Black Sabbath não eram uma banda qualquer.

Esqueçam a capa e oiçam o som que a banda constitui através da sua magia esotérica. Influenciados pelos Pink Floyd ou Uriah Heep a banda trouxe uma nova novidade: Megalomania. Uma viagem de 11 minutos que encaixa na perfeição do som da banda. Também há grandes faixas de peso como no blues rock Hole In The Sky ou Sympton Of The Universe. Outras novas novidades são Am I Going Insane que inclui um magistral ambiente de teclados da autoria de Ozzy Osborne, que de nada tem a ver com o som da banda e ainda a psicótica The Writ. Querem melhor que isto?

O novo álbum sai, mas já muito atrasado para promover a Tour, que está afundando cada vez mais graças ao aparecimento de menos público e á má disposição por parte da banda. Traz composições maduras e vigorosas, como a faixa-título Never Say Die, Johnny Blade, Junior's Eyes", Over to You, e a esplêndida Air Dance, alterna com um clima mágico e atemorizado, sem dúvida um dos melhores trabalhos melódicos da banda. No disco, o grupo conta com um excepcional trabalho de teclados de Don Airey. Talvez a melhor capa do LP de sempre.