
Wildest Dreams- Como já é tradição o álbum abre com mais uma faixa hard rock/metal. Uma musica típica e amigável para as rádios rock, com refrães inesquecíveis e puramente rock and roll para relaxar para o que vem ai. Foi o primeiro single promocional do álbum.
Rainmaker- É curioso como á medida que vão envelhecendo alguns vocalistas têm as linhas vocais ainda melhores que no passado e é o que se passa como Bruce Dickinson. A voz dele está melhor do que nunca! Não é uma canção muito pesada mas não deixa de ser interessante e a letra é linda. O trio de guitarras funciona perfeitamente bem o que prova que os críticos estavam errados. É o segundo single promocional.
No More Lies- Uma das minhas favoritas e certamente uma canção para os fãs cantarem em pleno estádio o refrão. É a primeira faixa épica que se encontra no álbum e podem ter a certeza que a grandiosidade está bem presente e para não falar da voz de Bruce: excepcional! É a única só com Steve Harris na composição.
Montségur- uma faixa baseada em acontecimentos históricos (de como a igreja católica destruiu tudo e todos os que habitavam em Montségur só porque eles eram livres) com uma certa influência do álbum Powerslave. Uma das melhores composições da banda e um forte cuidado nas vozes/guitarras. Tem uma melodia marcante sem duvida e uma das minhas favoritas.
Dance Of Death- a mais épica do álbum mas não a menos inspirada. A canção começa calma como se estivesse a ficar cada vez mais pesada numa balança até chegar ao ponto vermelho e depois retomar ao inicio. A letra conta uma história digna de Andre Breton. Trata-se dum conto sobre um sonho e a questão se foi verdadeiro ou não. Temos também um solo magnifico nas guitarra (a cena flamenca faz lembrar muito a Innuendo dos Queen). A habilidade com que a banda expressa tanto instrumental como na voz é impressionante. Quem adora canções épicas adora esta.
Gates Of Tomorrow- Poderia ser mais uma canção tradicional da banda se não fosse as vozes trabalhadas de Bruce Dickinson. Pela primeira vez Bruce usa vozes dobradas o que até pode não agradar a fãs mais tradicionais mas mais uma vez a banda arrisca em experimentações. É uma canção de grande qualidade sem duvida mas a letra consegue surpreender ainda mais. É engraçado como o intro faz lembrar o clássico dos The Who, Won’t Get Folled Again. Mais uma que não desilude.
New Frontier- Quase vinte anos depois pela primeira vez o baterista Nicko Mcbrain compõe algo juntamente com os seus colegas! A sétima faixa é uma espécie de intervalo para relaxar. Não há mais nada a dizer. Mas não deixa de ser interessante.
Paschendale- Mais uma canção baseada em acontecimentos históricos, desta vez baseada numa das maiores batalhas em plena Primeira Guerra Mundial. Não é uma canção muito vulgar na obra da banda. tem novos elementos como as teclas e orquestras. Tanto no som como na letra supera tudo o que a banda já fez em toda a vida. Cheio de virtuosismo e ambiente é uma das faixas mais magnificas e surpreendentes que a banda já fez. O refrão pega-nos até ao fim. Só pela curiosidade quando se ouve os pratos na percussão trata-ste do código Morse. Esta é realmente a minha favorita e certamente vai fazer os Pink Floyd roer de inveja já que trata-se de terreno progressista.
Face In The Sand- a letra trata-se certamente sobre problemas existencialistas e o significado da vida. Começa como uma balada mas de repente o peso entra em velocidade furiosa. As orquestrações da guitarra estão magnificamente bem ilustradas. É raras as vezes que Nicko Mcbrain usa pedal duplo na bateria. Parece ser uma canção de raizes tribalistas mas com peso. Voltando ao intro é simplesmente fantástico como uma banda consegue fazer uma coisa destas.
Age Of Innocence- esta é talvez a canção mais tradicional da banda e também simples. A voz de Bruce mais uma vez espanta os mais distraídos. Os riffs absolutamente inspirados dão para um headbanger abanar o capacete. O baixo de Steve Harris está bem audível. Quanto à letra está muito bem estruturada. É a história sobre a sociedade dos dias de hoje e tem umas linhas que até parece criticar o novo código penal.
Journeyman- A canção mais ousada que a banda já fez e a mais linda que até quem não curte heavy metal vai adorá-la na mesma. Certamente se fosse single seria logo um exito estrondoso mas a banda recusou-se a lançar para não se venderem. Parece também ser uma balada mais orientada para a discografia a solo de Bruce. É uma composição que parece não fazer parte deste mundo, as guitarras acústicas e a voz de Bruce e também as orquestrações para dar mais vida ao ambiente sonoro enriquecem ainda mais esta balada inultrapassável. Eu quero ver os Bon Jovi fazerem melhor que isto.
Este é o segundo álbum da actual formação e concluindo é uma obra prima grandiosa, uma viagem sem retorno e inesquecível. Raramente nos dias de hoje alguém consegue criar algo excepcional no cenário metaleiro mas a banda excedeu-se e foi mais além. Para quem espera que os Iron Maiden tragam de volta o som dos anos 80 bem podem esperar sentados. Estes são os novos Iron Maiden que começaram com A Brave New World (2000), com uma nova sonoridade e única neste planeta. Depois de deste e de A Matter Of Life And Death espero que consigam surpreender mais uma vez.. Os Iron Maiden são a melhor banda metaleira no mundo, sem duvida e ainda não perderam terreno. Nos dias de hoje no mundo da musica actual é difícil de surpreender mas eles conseguiram com uma facilidade. Se quem não gosta dos Iron Maiden e pensam que ainda são como nos anos 80 então não sabem o que perdem. Eles estão mais grandiosos do que nunca!
1. Wildest Dreams
2. Rainmaker
3. No More Lies
4. Montsegur
5. Dance of Death
6. Gates of Tomorrow
7. New Frontier
8. Paschendale
9. Face in the Sand
10. Age of Innocence
11. Journeyman
68 min.
Bruce Dickinson (voz)
Dave Murray (guitarra)
Adrian Smith (guitarra)
Janick Gers (guitarra)
Steve Harris (baixo)
Nicko McBrain (bateria)
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