
Esqueçam os anos 90 em que os Metallica apareciam sempre no MTV, esqueçam o seu som comercial, a sua impotência, as suas almas vendidas para o diabo e tentam lembrar-se dos verdadeiros Metallica, uma banda de trash metal. Após este grande álbum, cheio de energia, maduro e vertiginoso, injustamente morreria Cliff Burton, baixista, num acidente de autocarro durante a tour, na Suécia, em 1986. Mesmo sem um Hit, sem passar nas rádios ou na televisão, Master Of Puppets conseguiu vender mais de 500.000 cópias! Kill ‘Em All (o mais feroz de todos) e Master Of Puppets são considerados os melhores segundo os fãs. Aqui neste maravilhoso fogo o álbum é determinado por uma agressividade extrema no entanto musicalmente muito mais elaborado, as letras muito mais profundas e agressivas tornam-se mais progressivas donde forjaram uma batida única e martelada. Battery cai um bocado de lado quanto ao som, o intro é fantástico, donde abre com uma melodia calma passando de repente para algo agressivo que iria perdurar até ao álbum inteiro. Master Of Puppets, unico! Para quem é fã metaleiro deve gostar realmente desta pérola, com refrães sem misericórdia (...”Master, Master, Just call my name, ‘cause i’ll hear you scream”...). The Thing That Should Not Be traz algumas partes influenciadas pelo ultimo, o Ride The Lighting, mas excelente na mesma. A voz de James Hetfield mostra-se espantosamente melodiosa e aguda passando de seguida para algo grave em Welcome Home (Saturium). Agora vem a minha favorita, Disposable Heroes rápida, veloz, riffs a uma velocidade acima de um raio de luz dispensa de apresentações. 100% trash metal, letras arrogantes e enraivadas (...”You coward, you servant, you blind man...”) sobre morte e guerra, com grandes solos (já clássicos) de Kirk Hammett e de uma duração de mais de 8 minutos de agressividade extrema, pena não ser single. Leper Messiah, enche já esta usina cheia de clássicos, mais uma vez espanta a todos e a ninguém com grandes riffs e solos, mas curiosamente já mostra alguma influência do que está para vir (tanto no ...And Justice For All como no Black Album), o ponto alto está também para Lars na bateria. Orion, é um instrumental com grandes solos de baixo do falecido Cliff e guitarrada de Kirk, começando num ambiente calmo e quase silencioso alternado para algo como se movesse como vento, tornado mais pesado com o passar do tempo! Damage, INC fecha em grande estilo, um tema forte (“…Blood will follow blood, Dying time is here, Damage Incorporated…”) para destaque vai os solos rápidos de Kirk. Infelizmente depois deste só haveria álbuns de pouca qualidade e com o tempo foram perdendo a sonoridade enraivecida que já era marca registada dos Metallica.
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