Monday, July 2, 2007

The Who- Who's Next


The Who- Who's Next Considerado um dos melhores álbuns de todos os tempos, Who’s Next, foi lançado em 1971 no dia 25 de Agosto no Reino Unido, a explorou todas as técnicas e tecnologia de estúdio até a limite e foi uma das primeiras bandas a utilizar sintetizadores e samples. Esta obra prima é reconhecida como a maior obra prima da banda tanto pelo publico como pelos críticos. O álbum surgiu das cinzas do desastroso projecto Lifehouse que não chegou a ver a luz do dia. Pete Townshend pretendia organizar um concerto e utilizar os dados pessoais do publico para depois transferir para um sintetizador análogo ARP para criar musicas contínuas que complementava num só como se tratasse duma história cinematográfica, apesar de ser também um dos objectivos de Pete Townshend em criar um filme. O projecto comprovou ser irrealizável de vários maneiras, o que provocou um grande desentendimento entre Pete e o produtor da banda, Kit Lambert, levando o guitarrista às raias de um colapso nervoso quase suicida. A banda começou tudo no zero, apesar de aproveitarem de algumas canções do projecto Lifehouse, foi graças ao engenheiro de som, Glyn Johns que proporcionou uma nova visão que revolucionou todo o álbum e de imediato iria transformar todas as faixas em clássicos do rock. O álbum apresenta arranjos de grande qualidade, com grandes avanços, com um resultado absolutamente espantoso para a época, e praticamente inédito no rock. Who’s Next começou por ser divulgado informalmente com a banda a tocar o material na sala de espectáculos Young Vic, em Londres, em três Segundas feiras consecutivas na Primavera de 1971. O álbum abre com Baba O’Riley, um dos temas do projecto Lifehouse, tem a maravilhosa introdução, edificada de uma forma soberba graças ao sintetizador ARP e ainda um solo de violino por Dave Arbus. Uma das melhores faixas, sem duvida. Bargain, puro hard rock, estimulante e poderoso com uma secção psicadélica no centro da faixa. A letra relata sobre a baixa auto-estima do guitarrista. Love Ain’t For Keeping é justamente rock mas mais soft e uma mistura funk. My Wife é um tema enlouquecido, boogie destravado e vozes corais em tom grave. Um rock and roll doutra maneira. A balada The Song Is Over atinge um sinal épico e o apogeu do lirismo que Pete tanto tenta. Os sintetizadores dão vida á faixa e um ambiente quase surrealistico. Para quem duvidasse da capacidade dos The Who para criarem um tema subtil de paixão The Song Is Over diz tudo. Gettin In Tune começa calma, com Pete Townshend no piano mas o refrão atinge o máximo de força até não mais poder. Uma balada moderna para aqueles tempos. Deveria ser lançado como single devido ao seu potencial. Going Mobile é a única cantada unicamente por Pete Townshend o que prova que sabe cantar tão bem como Roger Daltrey. Behind Blues Eyes é actualmente mais conhecida por ser um êxito dos Limb Bizkit, mas os The Who já eram donos deste tema excepcional mesmo antes de ser apresentado á nova geração. A versão original como sempre consegue superar a cópia. Roger Daltrey consegue ter a proeza de cantar o tema magnificamente como nenhum seria capaz com este tema. Um clássico, disso ninguém duvida. O tema mais épico da banda é também o melhor. Falo de Won’t Get Foleed Again. Uma viagem interminável com riffs poderosos da guitarra de Pete, sintetizadores com sonoridades nunca antes imaginadas pelo homem, a bateria furiosa do frenético Keith Moon e um baixo estrondeante de John Entwhiste. Presença obrigatória em todos os concertos! quanto á capa do disco traz uma fotografia da banda que acabou de urinar num imenso bloco de concreto; a foto parece ser uma referência ao monolito descoberto na Lua no filme 2001: Uma Odisséia no Espaço, que fora lançado apenas três anos antes. O “monumental” desrespeito pode ser também, assim como o título do disco, uma recusa simbólica da banda de passar o restante de sua carreira tocando Tommy. O mictório de pedra presente na capa fica em Easington District Collliery, em County Durham. O projecto inicial para a capa apresentava fotos de mulheres grotescamente obesas e nuas, sendo amplamente divulgada mas nunca apareceu no álbum. Outra capa diferente trazia o baterista Keith Moon a usar uma lingerie preta, um chicote e de peruca loira (esta foto apareceu no livrete do CD remasterizado). Por ultimo, a banda nunca foi tão criativa como neste álbum. É um clássico que se consegue ouvir incansavelmente durante uma vida inteira.

LP: "Baba O'Riley" – 5:59 "Bargain" – 5:34 "Love Ain't for Keepin'" – 2:11 "My Wife" (Entwistle) – 3:41 "The Song Is Over" – 6:16 "Getting in Tune" – 4:50 "Going Mobile" – 3:43 "Behind Blue Eyes" – 3:39 "Won't Get Fooled Again" – 8:32

Metallica- Master Of Puppets

Esqueçam os anos 90 em que os Metallica apareciam sempre no MTV, esqueçam o seu som comercial, a sua impotência, as suas almas vendidas para o diabo e tentam lembrar-se dos verdadeiros Metallica, uma banda de trash metal. Após este grande álbum, cheio de energia, maduro e vertiginoso, injustamente morreria Cliff Burton, baixista, num acidente de autocarro durante a tour, na Suécia, em 1986. Mesmo sem um Hit, sem passar nas rádios ou na televisão, Master Of Puppets conseguiu vender mais de 500.000 cópias! Kill ‘Em All (o mais feroz de todos) e Master Of Puppets são considerados os melhores segundo os fãs. Aqui neste maravilhoso fogo o álbum é determinado por uma agressividade extrema no entanto musicalmente muito mais elaborado, as letras muito mais profundas e agressivas tornam-se mais progressivas donde forjaram uma batida única e martelada. Battery cai um bocado de lado quanto ao som, o intro é fantástico, donde abre com uma melodia calma passando de repente para algo agressivo que iria perdurar até ao álbum inteiro. Master Of Puppets, unico! Para quem é fã metaleiro deve gostar realmente desta pérola, com refrães sem misericórdia (...”Master, Master, Just call my name, ‘cause i’ll hear you scream”...). The Thing That Should Not Be traz algumas partes influenciadas pelo ultimo, o Ride The Lighting, mas excelente na mesma. A voz de James Hetfield mostra-se espantosamente melodiosa e aguda passando de seguida para algo grave em Welcome Home (Saturium). Agora vem a minha favorita, Disposable Heroes rápida, veloz, riffs a uma velocidade acima de um raio de luz dispensa de apresentações. 100% trash metal, letras arrogantes e enraivadas (...”You coward, you servant, you blind man...”) sobre morte e guerra, com grandes solos (já clássicos) de Kirk Hammett e de uma duração de mais de 8 minutos de agressividade extrema, pena não ser single. Leper Messiah, enche já esta usina cheia de clássicos, mais uma vez espanta a todos e a ninguém com grandes riffs e solos, mas curiosamente já mostra alguma influência do que está para vir (tanto no ...And Justice For All como no Black Album), o ponto alto está também para Lars na bateria. Orion, é um instrumental com grandes solos de baixo do falecido Cliff e guitarrada de Kirk, começando num ambiente calmo e quase silencioso alternado para algo como se movesse como vento, tornado mais pesado com o passar do tempo! Damage, INC fecha em grande estilo, um tema forte (“…Blood will follow blood, Dying time is here, Damage Incorporated…”) para destaque vai os solos rápidos de Kirk. Infelizmente depois deste só haveria álbuns de pouca qualidade e com o tempo foram perdendo a sonoridade enraivecida que já era marca registada dos Metallica.